Tendo como principal pauta a necessidade e a conveniência da instalação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Conselho Municipal de Saúde realizou na tarde desta terça-feira (07/05), uma reunião ordinária por videoconferência com o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, Drº Frederico Cesár Ribeiro A reunião foi solicitada pela Associação Comercial, OAB, Associação Estrada do Matão, Rotary e Lions Club, Conseg e Loja Maconica Estrela do Guaporé e outras.
Nas discussões ficaram evidentes as posições do Poder Público Municipal de que a instalação da UPA seria mera mudança de localização.
Segundo o Secretário adjunto de Saúde, o município precisa de um serviço novo, e não somente uma extensão do hospital. Ideia essa apoiada pela Secretária, Luana Aparecida.
Ele também informou que a documentação está em fase final para não instalar a Unidade e, no lugar, colocar a Farmácia Popular, Centro de Especialidades Odontológica e Médica e ainda laboratório.
Contrapondo a posição da Prefeitura se manifestaram a representante da OAB, os Presidentes da Associação Comercial e da Estrada do Matão, presidente da Câmara Municipal e o vereador Anderson Barbosa.
Os argumentos foram desde a lógica de estar o prédio pronto há de três anos e com recursos na conta da Prefeitura de mais de R$ 1 milhão para compra de mobiliário e equipamentos, até a situação financeira do Hospital Vale do Guaporé – que é crítica- e que não oferece segurança a longo prazo para manter o serviço de pronto atendimento. Foi lembrado que o prédio do hospital já foi a leilão inúmeras vezes e será novamente agora no mês de maio.
Outra alegação é a imperiosa necessidade de Pontes é Lacerda possuir uma unidade de saúde pública, sem risco de fechamento.
Quem faz o trabalho da UPA
Atualmente o pronto atendimento é realizado pelo Hospital Vale do Guaporé – entidade privada – com recursos repassados pela Prefeitura. A parte de internação é pequenas cirurgias é com recursos do governo do Estado, ambos com recursos não obrigatórios.
Quanto a UPA, atualmente ela segue para a finalização de readequação, aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e comissões de secretários municipais da região ee representantes dogoverno estadual.
O Promotor de Justiça, Dr. Frederico Ribeiro, que participou por videochamada, pontuou que o município tem que deixar claro o posicionamento quanto a utilização do prédio. Para o representante do MP, Pontes e Lacerda precisa de uma unidade de saúde que seja pública.
Decisão tomada na reunião
Mediante as discussões sobre a implantação da UPA ou alterar a destinação do prédio, foi criada uma Comissão composta por membros do Conselho Municipal de Saúde e representantes de entidades.
A Comissão tem 30 dias para apresentar relatório para que o Conselho possa deliberar sobre o assunto.
A primeira reunião será na próxima terça-feira, dia 12 de maio.
O Presidente da Câmara garantiu que os vereadores também devem se posicionar sobre a instalação ou não da UPA.
Daiana/ Tv Centro Oeste