O governador Mauro Mendes (DEM) disse, em entrevista coletiva na sexta-feira (24), que a expectativa mais otimista aponta que, antes de dezembro, a vacina contra o coronavírus não deve estar pronta. Além disto, foi pontuado que, quando houve uma chance de imunização, as pessoas do chamado grupo de risco serão as prioritárias.
“Temos que aprender a conviver com o coronavírus. Muitas pesquisas já estão na fase três, é provável que a gente tenha algum nível de vacina até o fim do ano, para começarmos a imunizar os grupos de maior risco”, explicou o governador.
O pensamento também é o mesmo do secretário de Estado de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo. “As perspectivas mais otimistas apontam para uma vacina no início do próximo ano. Imagina-se que talvez em dezembro haja possibilidade de vacina em alta escala. Enquanto não tiver vacina, teremos que administrar os casos”.
Ambos defenderam a abertura do comércio não essencial, pontuando que também é preciso pensar na questão econômica para que as pessoas não percam seus empregos.
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é segura e capaz de desenvolver anticorpos contra o novo coronavírus. É o que mostram os primeiros resultados do ensaio envolvendo cerca de 1.077 pessoas divulgados hoje na renomada revista The Lancet.
De acordo com os dados, as pessoas que receberam a imunização —entre 23 de abril e 21 de maio, no Reino Unido— produziram anticorpos e glóbulos brancos para combater o vírus.
O estudo aponta que o grupo que recebeu a vacina apresentou algumas reações locais e sistêmicas, como fadiga, dor muscular, febre e dor de cabeça —muitas das quais reduzidas pelo uso de paracetamol—, mas não foi registrado nenhum "evento colateral sério".
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