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Bandido teria se tornado informante da PM por vingança após assalto

Publicado em: 02/04/2022
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Um homem identificado apenas como R., foi apontado como informante da Polícia Militar e responsável por "armar" ocorrências de roubo e selecionar os criminosos que, posteriormente, seriam executados em confrontos supostamente forjados na Grande Cuiabá. O "agente duplo" estaria agindo por vingança e ainda receberia recompensa pelas execuções, de acordo com as investigações da Operação Simulacrum.

Seis confrontos semelhantes, registrados entre 2017 e 2020, estão sendo investigados na Operação Simulacrum, deflagrada na manhã de quinta-feira (31) pela Polícia Civil. Ao todo, 81 policiais militares do Batalhão da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática do 1º Comando Regional, estão sendo investigados.

Os detalhes do esquema constam na decisão da juíza Monica Perri, da 12° Vara Criminal, qu expediu os mandatos.

Em interrogatórios feitos junto à PJC e Ministério Público Estadual (MPMT), R. "delatou com riqueza de detalhes o esquema existente entre ele e os representados, que inclusive já perdura há anos, a fim de eliminar criminosos e promover o nome dos representados e dos seus respectivos batalhões".

De acordo com o documento, o informante disse que tudo começou após um roubo na casa de seu sogro, que é irmão de um coronel da PM. Na época, o militar pediu ajuda para prender os meliantes, lhe dando “carta branca para que fizesse o que quisesse” com os criminosos.

Por conta da facilidade em circular no meio da bandidagem, ele começou a auxiliar os PMs. "No dia do roubo, lhe foi apresentado o Soldado PM Jonathan e a partir de então iniciou seus contatos com os demais policiais militares representados, e se tornou um aliciador de pessoas que cometiam crimes, a fim de que fossem executadas”, diz trecho de decisão.

R. tem várias passagens criminais por violência doméstica, violação de domicílio (assalto) e, agora, responderá pelas acusações de homicídio, junto dos demais militares.

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Em troca, R. recebia pagamentos em dinheiro e até celulares apreendidos nas incursões policiais.

"Suas declarações guardam sintonia com a prova pericial: exame de balística e de necropsia, quebra de sigilo de dados de celulares, notadamente do próprio R., onde foi constatada a relação existente entre ele e os representados, para a realização de “serviços”, dentre outras evidências."

Segurança / Vigilante

Segundo as investigações, a polícia chegou até R. pelo fato de sempre haver a figura de um “segurança/vigilante”, que passava informações de locais fáceis e lucrativos para a prática de assaltos, porém, os indivíduos cooptados eram interceptados e mortos por Policiais Militares.

"No decorrer das investigações restou apurado que o suposto segurança que cooptava tais indivíduos para os supostos assaltos é o informante da polícia de nome R., o qual delatou todo o esquema criminoso", destaca outro trecho da decisão.

REPORTER MT

Fonte: Repórter MT

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