Comparação entre os valores médios de produtos básicos em maio de 2020, 2021 e 2022 mostra o que era possível comprar nos três períodos.
Quem faz as contas já reparou: os preços nos supermercados estão cada vez mais altos. Em maio, a prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA-15, acumulou alta de 11,73% em 12 meses.
Se você acha que consegue colocar cada vez menos compras no carrinho do mercado, não é só uma impressão: o valor do dinheiro está "encolhendo" mesmo. Especialmente na hora de comprar alimentos e bebidas.
Segundo o Procon, nos últimos 12 meses, os três produtos que mais subiram foram o café em pó - com uma alta de 95,6% - , a batata (70%) e o pacote de biscoito água e sal (48,8%).
Em dois anos, o carrinho - com os mesmos itens (veja abaixo) - ficou R$ 63,95 mais caro. Considerando apenas de janeiro a maio deste ano, ficou R$ 21,26 mais caro.
Custo do mercado explodiu
Para demonstrar como a alta da inflação afeta diretamente o poder de compra dos brasileiros, o g1 fez uma comparação entre a quantidade máxima de itens que era possível colocar no carrinho do supermercado com R$ 200 em maio de 2020, 2021 e 2022, considerando os valores médios de produtos básicos.
Os preços foram divulgados por uma parceria entre o Procon-SP e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Foram escolhidos, a partir dos itens da cesta básica:
13 produtos entre alimentos (arroz, feijão, café, ovo, carne, frango, leite, batata, pão francês, açúcar, óleo, farinha e margarina);
2 itens de higiene (papel higiênico e creme dental); e
2 para limpeza (sabão em pó e limpador multiuso).
Em maio de 2020, para encher o carrinho com esses itens, o consumidor precisava de R$ 138,82. Já em maio deste ano, eram precisos R$ 202,77 – uma alta de 46%.
G1 MT