Edilene Coelho Santos morreu a facadas em janeiro de 2018.
O tribunal do júricondenou Ademilson Nunes a 35 anos, três meses e 15 dias de prisão pelo homicídio qualificado da companheira Edilene Coelho Santos e posse ilegal de arma de fogo, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá. A sessão de julgamento foi realizada na terça-feira (19).
A vítima foi morta a facadas enquanto amamentava o filho recém-nascido, em janeiro de 2018. De acordo com a Polícia Civil, Edilene estava com o filho de 22 dias de vida quando foi atacada pelas costas. O outro filho da vítima, que tinha 6 anos de idade na época, presenciou o crime.
Segundo o Ministério Público, o conselho de sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio, quando o crime é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, os agravantes de crime na presença de descendente da vítima e praticado nos três meses posteriores ao parto dela.
A denúncia narra que Ademilson Nunes, estava consciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, e, dotado de manifesta intenção de matar por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, valendo-se de uma faca, matou sua mulher Edilene Coelho Santos, no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, cerca de um mês depois do parto do recém-nascido e na presença do outro filho de 6 anos.
Segundo o MP, o casal mantinha união estável há cerca de dois anos, mas o relacionamento era conturbado. Havia, inclusive, processos em andamento por crimes de ameaça e lesão corporal praticados no âmbito de violência doméstica pelo denunciado em face da vítima.
O Ministério Público colheu relatos que o marido sempre demonstrou ser ciumento, agressivo e autoritário.
Durante a gravidez da vítima, eles chegaram a se separar e depois voltaram a morar juntos. Na data do crime, eles discutiram por ciúmes e Ademilson chegou a ameaçar Edilene, executando o crime na sequência. O condenado golpeou a vítima pelas costas e na boca.
Na casa, ainda foi encontrada arma de fogo e munição de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
G1 MT