A médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, que estava trabalhando no PSF São José, no
bairro Cristo Rei, em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), na tarde dessa quinta-feira
(25), quando foi atacada por um paciente psiquiátrico, levou quatro facadas
Agressor disse que foi mal atendido em PSF
Quando foi preso pelos policiais militares, o suspeito, que não teve a identidade divulgada,
disse que atacou as profissionais de saúde após ter sido mal atendido no PSF. No entanto,
Leandro rebate a justificativa do agressor, que costumava frequentar o postinho.
"Minha irmã trabalha há sete anos no PSF, quem é médico sabe que ficar tanto tempo em uma
área assim é difícil. Esse marginal já tinha sido atendido na semana passada, todos os meses
ele voltava para renovar a receita, estava tudo certo".
O cardiologista ressalta que o suspeito tentou entrar em uma creche antes do ataque no posto
de saúde. Laura Oliveira, sobrinha da agente de saúde morta pelo paciente, também disse ao
Olhar Direto que o homem parou na creche antes de entrar no PSF. No portão, ele teria dito
que precisava "matar alguém".
"Esse marginal tinha intenção de entrar em uma creche, graças a Deus não conseguiria entrar,
senão a tragédia seria muito maior. Colocar a culpa em Prefeitura ou em Secretaria de Saúde,
não faz sentido. Ele podia ter invadido uma creche, um bar, um hospital ou um restaurante, é causada pela facada, a agente de saúde lembrou da filha do meio.
"Ela disse que estava doendo muito, pediu para a amiga cuidar da filha que vai ganhar neném e
fechou os olhos. Desmaiou", conta Laura.
OLHAR DIRETO