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Irmão de envolvido em assassinato de adolescente morre atropelado

Publicado em: 02/09/2022
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Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa tinha 21 anos; motorista fugiu do local.

Um atropelamento na Avenida Beira Rio, no Bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, por volta da 1h40 desta sexta-feira, terminou com a morte de Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos.

Ele é irmão de namorado da adolescente condenada por atirar e matar Isabele Guimarães Ramos, que tinha 14 anos à época, em um condomínio de luxo em julho do ano passado. Frederico, segundo a polícia, buscou a arma usada no assassinato logo após o crime.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Judiciária Civil, a vítima estava na rua, ao lado de um veículo estacionado, quando foi atingida por um veículo branco que passou pela avenida. O motorista fugiu sem prestar socorro.

Frederico estava em uma distribuidora de bebidas e o atropelamento foi registrado pelas câmeras de seguranças. As imagens devem ajudar nas investigações.

Consta no registro policial que, depois do acidente, a Polícia Civil foi acionada por telefone pelo dono do carro. Ele disse que emprestou o veículo para uma amiga, que o devolveu “todo assado”, e queria saber se havia envolvimento em algum acidente.

“Após isso, o Ciosp [Centro Integrado de Segurança Pública] recebeu uma outra ligação informando que na Rua Teles Pires, no Bairro Dom Aquino, próximo à Avenida Miguel Sutil, estaria no meio da rua, um para-choque branco com uma placa. Esta equipe se deslocou até o endereço informado e recolheu o para-choque juntamente com a placa”, informa o boletim de ocorrência.

O número da placa era o mesmo informado pelo proprietário do veículo. Depois disso, ainda conforme o boletim de ocorrência, a polícia não conseguiu contato com ele e não o localizou no endereço ligado à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele.

 

Envolvimento

Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa era irmão do namorado da adolescente acusada de matar Isabele Guimarães Rosa, de 14 anos, no dia 12 de julho de 2021, em um condomínio de luxo, em Cuiabá. Isabele morreu ao ser atingida por um tiro na cabeça.

Segundo o Ministério Público, a arma usada na morte pertencia à família de Frederico e foi o irmão dele quem levou o revólver à casa da namorada no dia do crime.


Frederico buscou o irmão na casa da adolescente que atirou em Isabele, logo após o crime. Em mensagens, ainda conforme as investigações, ele conversou sobre o ocorrido com o irmão e o instruiu sobre o que fazer.

O pai do namorado da adolescente que matou Isabele e filho, que levou a arma, também foram denunciados pelo MPE e se tornaram réus no dia 2 de setembro.

O pai responde por omissão de cautela na guarda de arma de fogo, já que teria obrigação de guardar as armas em local seguro. Já o adolescente responde por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado sem autorização.

O crime aconteceu em julho de 2020. Isabele e a condenada eram amigas e tinham a mesma idade.

No dia 12 de agosto de 2020, o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a pessoa que matou Isabele estava com a arma apontada para o rosto da vítima, a uma distância entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura.

Na Justiça
No fim de agosto, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve em liberdade a adolescente que matou a amiga. Ela estava solta desde o dia 8 de junho deste ano.

Em fevereiro, o Ministério Público Estadual (MPE) já havia recusado o laudo que recomendava a liberação da garota. O parecer negativo então foi encaminhado à Justiça, que seguiu o entendimento do MP e manteve a internação.

Em abril deste ano, Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a internação da adolescente. A decisão do ministro Edson Fachin negou o pedido de habeas corpus da defesa da adolescente.

Entretanto, a defesa da adolescente conseguiu reverter a decisão da condenação. Ao invés de homicídio doloso, a Justiça considerou que o crime passou a ser homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

A adolescente foi solta com o alvará do juiz de primeira instância. Ela cumpria pena de três anos no Lar Menina Moça, que fica no Complexo do Pomeri, na capital. Ela ficou internada por 1 ano e cinco meses.

O Ministério Público Estadual (MPE), que denunciou a adolescente, pode recorrer da decisão.

 

g1 mt 

Fonte: G1 MT

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