Mesmo com a Justiça do Trabalho tendo barrado a greve, profissionais da enfermagem de Cuiabá começaram, na manhã desta quarta-feira (21), um ato contra a suspensão do piso salarial da categoria no Brasil. Os participantes se concentram no Centro da Capital, mais precisamente na Praça Alencastro e Praça da República.
A manifestação faz parte de um movimento nacional, que deve paralisar as atividades da categoria por 24h. Em Cuiabá, o ato fechou algumas ruas e avenidas e deve durar até às 20h. O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT) garante que a manifestação é pacífica. Veja vídeo no fim da matéria.
O ato é contra a suspensão da implementação do piso salarial da categoria no Brasil. A lei que fixa o salário mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros foi aprovado pelo Congresso Nacional. Porém, em liminar, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou suspensão da lei por 60 dias, até que sejam estudados os impactos aos cofres públicos.
Na terça-feira (20), a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Mato Grosso, Adenir Alves da Silva Carruesco, determinou suspensão da greve. A multa é de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.
A desembargadora mato-grossense salientou que, para declaração da greve, “são requisitos formais e imprescindíveis: o esgotamento da tentativa de negociação; a escorreita aprovação da paralisação da categoria em assembleia geral e a comunicação prévia ao empregador em 48h antes do início do movimento, ou, em se tratando de atividade essencial, comunicação prévia à população com antecedência de 72h”.
Conforme a magistrada, a paralisação de 24 horas com finalidade de pressionar o Poder Judiciário não se mostra como medida adequada para o fim que se propõe.
“Ao contrário, a medida adotada causará imenso prejuízo à população. A atividade da categoria do Suscitado é essencial e, como tal, precisa ser realizada de forma ininterrupta”, disse.
reporter mt