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Produtores desenvolvem projeto para intensificar a pecuária de corte

Publicado em: 19/11/2022
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A proposta tem como objetivo produzir mais carne em menos tempo, com menos custos de produção.

Uma fazenda em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, que trabalha com a intensificação da pecuária de corte, desenvolveu um projeto-piloto que busca produzir mais carne, em menos tempo e com gasto menor. Os bezerros vão para o confinamento aos três meses e, aos dez, já estão prontos para o abate.

O proprietário e pecuarista Joci Piccini Junior, conta que foram 9,6 mil animais confinados e entregues para o abate aos 30 meses no ano de 2021. No entanto, ele trabalha em um novo projeto, que tem como objetivo diminuir esse tempo para 10 meses.

No confinamento tradicional, o custo da engorda por arroba é de R$ 240 em média. Já nesse projeto, a estimativa é que o valor seja de R$ 158 por arroba. O projeto-piloto está em fase de teste com 33 animais. São cinco raças monitoradas durante os últimos oito meses. Agora, na fase de terminação, já foi possível identificar quais animais se adaptaram melhor.

“Temos Angus, anelorados, cruzados e hoje podemos ver que o que deu mais resultado foi o boi Angus, eles tiveram maior desempenho. O que impressionou foi a velocidade que eles deram resultado”, explicou.

O Angus ganhou em média 13 arrobas em seis meses. A estimativa é chegar ao décimo mês com 19 arrobas. Para conseguir a engorda em menos tempo após a desmama. Aos três meses, os bezerros vão pro confinamento, onde é necessário oferecer qualidade de vida e uma dieta especial até o abate.

O empresário e consultor agropecuário, Bruno Lino da Cruz, explica os benefícios vão além da produção e comercialização em menor tempo. Nesse sistema, diferente da criação de animais em até dois anos e meio, eles são criados em dez meses, o que garante uma produção maior e na mesma área. Além disso, os resultados benéficos para o meio ambiente também são relevantes.

“Ele vai ser abatido com essa idade, produzindo menos gases do efeito estufa e menos metano, então, o impacto ambiental dele é muito menor, e o resultado financeiro para a fazenda se torna melhor, explicou.

A genética também contribui para se chegar ao peso ideal em menos tempo.

“Esses animais em específico, como são animais de uma genética muito boa, respondem bem a nutrição. Como o hormônio é proibido no Brasil, nós não podemos usar carga hormonal, mas sim a carga hormonal fisiológica do animal, o que responde a uma dieta de alto energia”, ressaltou.

 

g1 mt

Fonte: G1 MT

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