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Menino barrado em bloqueio em MT deve passar por nova cirurgia no olho

Publicado em: 02/12/2022
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Família aguarda avaliação para agendar procedimento. Menino parado em ato antidemocrático na BR-163, em Sorriso, e teve que desviar por uma propriedade rural para seguir viagem. Vídeo registrou desespero de pai ao negociar com chefes do bloqueio.Família aguarda avaliação para agendar procedimento. Menino parado em ato antidemocrático na BR-163, em Sorriso, e teve que desviar por uma propriedade rural para seguir viagem. Vídeo registrou desespero de pai ao negociar com chefes do bloqueio.

Gabriel Rodrigues, de 9 anos, que havia sido barrado em um bloqueio golpista a caminho do hospital, deverá passar por uma terceira cirurgia no olho. De acordo com o pai dele, o autônomo Éder Rodrigues, o procedimento será feito depois que o menino passar por avaliação médica, marcada para o dia 21 de dezembro.

O menino perfurou o olho em um acidente na escola e passava por vários exames para não perder a visão. Ele e o pai seguiam viagem de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, com objetivo de retirar uma hérnia e drenar um coágulo no olho. Porém, no meio do caminho foram impedidos de passar por causa de um bloqueio golpista feito por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições. Depois de viralizar nas redes sociais ao tentar negociar a passagem, em desespero, eles conseguiram fazer a cirurgia na capital a tempo.

"Ele irá passar pela terceira cirurgia porque não conseguiu fazer o implante de lente, devido a algumas complicações. Por enquanto, temos que aguardar a recuperação dele para isso", explicou o pai.

Entenda
O caso repercutiu nas redes sociais após um vídeo mostrar o desespero de Éder ao tentar negociar com o grupo contrário ao resultado da eleição presidencial. O menino estava em um ônibus com a mãe e outros 24 pacientes com exames agendados na capital.

No vídeo, o pai conversa com o grupo (veja acima). Mesmo após ouvirem que bloqueavam a passagem da criança com risco de perder a visão e de outros pacientes, participantes do protesto dizem que vão impedir a passagem.

“Vai a pé. De carro, não passa”, disse um dos homens.
O pai ainda insiste,

mas um dos homens responde: “Eu não tenho problema com o olho do seu filho. Pega um avião e vai. Não vai passar”.

Ao g1, Éder contou que, mesmo com o apelo, os pacientes tiveram que passar por uma rota alternativa por uma propriedade rural. No bloqueio, segundo ele, havia cerca de dez homens e alguns deles seguravam facões e foices.

“Foi um sentimento de impotência e revolta. Quando um deles disse que não se importava que meu filho ficasse cego, me exaltei. Só me acalmei quando meu filho mais velho, de 13 anos, começou a falar comigo”, relatou.

 

 

g1 mt 

 

Fonte: G1 MT

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