Durante os três meses, em que defenderam o município no campeonato, conforme as denúncias, os jogadores teriam sido submetidos a tratamento desumanos, por parte da diretoria do clube. Os jogadores afirmam que, havia dias que faltava, inclusive, alimentação. E, que só não passavam fome porque eram socorridos pela população.
O que já era ruim, conforme as denúncias, ficou ainda pior, após a eliminação da equipe do campeonato, no jogo contra o invicto Cuiabá, no dia 4 de março, no estádio Geraldão. Além de todo tipo de privações, segundo eles, os recursos do clube desapareceram e a diretoria não pagou os salários, impossibilitando que os jogadores retornassem para suas respectivas cidades.
“A situação em que esses meninos foram submetidos é desumana. Eles não estão tendo nem o que comer. Se a população não estivesse ajudando, certamente estariam passando fome. Estamos pedindo para que as pessoas colaborem fazendo doação para que eles consigam dinheiro para, pelo menos, comprar a passagem, para voltar para casa” lamenta a vereadora Mazéh, assinalando que está colhendo assinaturas dos colegas para instalação de uma CPI para apurar as denúncias.
Coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos de Cáceres, Poliana de Souza Correa, disse que já informou a situação ao Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e à Comissão Estadual para Erradicação de Trabalho Escravo.
“Eles (jogadores) foram enganados, em tudo. Informaram que havia promessa de que seriam contratados legalmente, inclusive, com carteira de trabalho assinada. Mas, isso, infelizmente, não aconteceu” diz a representante do Centro de Referência dos Direitos Humanos.
Explica a coordenadora que “informamos toda situação a esses órgãos porque há indícios de tráfico de pessoas para fins esportivos. Além da caracterização de trabalho análogo a escravo” afirma Poliana assinalando que “há também a preocupação com a segurança dos atletas. Eles estão morando em um lugar distante do centro e inseguro” .
Infelizmente, não é a primeira vez que isso ocorre em Cáceres. Tanto é, que alguns atletas, principalmente, os chamados “pratas da casa” jogadores da cidade, que não receberam os salários de anos anteriores em que participaram da equipe.
Do plantel formado por 23 jogadores, pelo menos, sete ainda permanecem na cidade por não terem recursos sequer para comprar passagem de volta para casa. Abaixo uma relação com o nome do atleta e o número do PIX para alguém que queira ajudar. São jogadores de várias cidades, como Salvador (BA), Londrina (PR), São Luiz (MA), Sinop (MT) e Corumbá (MS).
A reportagem entrou em contato com a direção do Cacerense, mas não ainda não obteve resposta.
ATLETAS QUE AINDA ESTÃO EM CACERES! Lembrando que as doações estão sendo diretamente no pix de cada um deles e não de terceiros.
- TAYRON FELIPE
PIX CPF : 39061349893
- RAFAEL PURIDADE
PIX : celular 71993736197
- MAYCON BARROS
PIX CPF: 04341217119
- WANDERSON DOURADO
PIX CPF : 75648148100
- WALLISSON PIRES
PIX CELULAR : 66999197984
- NOTURNO
PIX CELULAR : 65 999049050
- JEFERSON TEXEIRA TOLEDO
PIX CPF : 05701131998