A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) afastou na sexta-feira (24) um professor suspeito de assediar sexualmente quatro meninas com idades de 10 e 11 anos.
Um Processo Administrativo Disciplinar foi aberto pela Diretoria Regional de Educação do polo Cáceres (216 km de Cuiabá) para investigar a conduta e pode levá-lo a demissão do serviço público ao final das investigações. O episódio de assédio sexual aconteceu na Escola Estadual Professor Joao Florentino Silva Neto, localizada no Distrito do Caramujo.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Cáceres também recebeu denúncia na quinta-feira (23) e abriu inquérito que tramita em sigilo. Nas redes sociais, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) cobrou punição para o caso. “Como um “PROFESSOR” que assedia meninas de 10 e 11 anos, pode continuar dentro de uma sala de aula? Vou além, como pode continuar empregado em uma rede de ensino? Cadeia para assediadores de menores!!”, escreveu.
A mãe de uma das meninas registrou Boletim de Ocorrência narrando a suspeita de assédio sexual pelo professor. Ela disse que achou estranho o comportamento da filha, pois a menor disse que não iria comparecer as aulas porque não gostava do professor.
Conforme o boletim de ocorrência, a mãe da menor foi procurada pela responsável de um aluno que a questionou se tinha conhecimento das atitudes do professor contra sua filha.
A mãe foi alertada de que o professor fazia gestos obscenos dentro da sala de aula e, numa das ocasiões, acompanhou a menor até a porta do banheiro. Outros estudantes informaram a Polícia Civil que o professor lambia os lábios enquanto olhava fixamente para as nádegas das menores e as convidava para sentar em seu cola.
A mãe de uma das garotas foi até a escola na quarta-feira (22), no final da aula, para buscar a filha, quando foi informada que sua filha demoraria para sair porque estava trancada na sala de aula com o professor.
Neste dia, as estudantes estavam planejando gravar os atos praticados pelo professor durante a aula. Porém, uma das menores contou o plano para o professor que trancou a sala e recolheu os celulares dos alunos para não ser gravado. Assustada com a situação, a mãe da menor foi até a sala de aula e começou a bater na porta. Em seguida, foram até a coordenação da escola e formalizaram a denúncia aos responsáveis de cada unidade.
REPÓRTER MT