No último, a situação é agravada ainda mais, pela abertura das comportas das barragens de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) instaladas na região. Na comunidade do Limão, por exemplo, banhada pelo rio Jauru, a água está acima da barranca, inundando várias casas de moradores ribeirinhos.
Apesar de, o rio Paraguai, estar acima da chamada “cota de alerta” não é motivo de desespero. “Não é motivo para se criar um desespero na população. Essa cota é decorrente de uma minuciosa análise das autoridades para se manterem em prontidão”, explica o geógrafo e ambientalista João Arruda.
Ressalta que se fosse há dois ou três anos antes seria, preocupante, sobretudo, para os moradores das áreas sujeitas às inundações.
“Estamos no início da estação do outono, quando dentro de algumas semanas inicia se a chamada vazante. Logo, não há motivos para alarmes exagerados, mas sim de contemplar a plenitude da cheia que há muito não ocorria em Cáceres e no Pantanal mato-grossense”.
Salienta João Arruda que mesmo sem chuvas no município, à tendência de o nível da água do rio Paraguai, continuar subindo é normal, em razão das águas excedentes das Pequenas Hidrelétricas (PCHs) localizadas nos Rios Sepotuba, Juba e Bugres, todas situados acima de Cáceres.