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Munições apreendidas com grupo que atacou cidade em MT são comuns em guerras e de uso restrito das Forças Armadas

Publicado em: 18/04/2023
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Material foi encontrado às margens do rio Javaés, perto do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Grupo criminoso é suspeitos de atacar Confresa (MT) e fugir para o Tocantins.

As munições apreendidas na operação Canguçu, nesta segunda-feira (17), são comuns em guerras e de uso restrito das Forças Armadas. A informação foi repassada ao g1 pelo delegado Evaldo Gomes, chefe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Palmas. O material estava sendo usado por criminosos que fugiram para o Tocantins após aterrorizar a cidade de Confresa (MT). 

O grupo criminoso está escondido em um trecho da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Até esta terça-feira, dois suspeitos tinham sido mortos e um, preso, após troca de tiros com policiais. As armas, munições, granadas, coletes e outros equipamentos apreendidos foram abandonados pelo grupo, às margens do rio Javaés, perto do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

A suspeita é que eles deixaram o material para trás após um confronto com a polícia. O delegado informou que ainda não se sabe a quantidade exata dos materiais apreendidos, mas o tipo de armamento chamou a atenção da polícia. "Tem itens como fuzis para munição antiaérea, tem munição para outros tipos de fuzis, munição utilizada em guerra, material balístico, como coletes à prova de balas, roupas, capacetes, muita coisa", explicou o delegado. As munições encontradas foram as de calibre 556, 762 e .50.

"Essas munições 556 e 762 são próprias para utilizar em armamento exclusivo das Forças Armadas, armamento de uso restrito. São geralmente utilizadas em guerras pela Infantaria. Já a munição .50 é antiaérea, foi feita para derrubar aeronaves", afirmou Evaldo.

Cerca de 350 policiais de cinco estados estão na região para prender os criminosos. A força-tarefa conta com o apoio de aeronaves, embarcações, drones e cães farejadores. O cerco abrange os municípios de Pium e Marianópolis do Tocantins.

Neste domingo (16), a Prefeitura de Marianópolis publicou um decreto suspendendo as aulas, os atendimentos médicos e o transporte de moradores da zona rural até durarem as buscas. A medida foi adotada para que a Polícia continue com a caçada com segurança para os moradores da região.

G1 MATO GROSSO 

Fonte: G1 MATO GROSSO

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