O 2º sargento da Polícia Militar, Elienay Pinheiro, será indiciado por omissão de cautela ao guardar o armamento, crime previsto no artigo 13 da lei 10.826. Ele é pai da pequena Eloá, 2 anos, que foi morta pela prima de 5 anos, com um tiro acidental disparado com a arma do policial, um revólver calibre 38. O caso foi na manhã desta quinta-feira (11).
De acordo com o delegado Olímpio da Cunha Junior, a arma de Elienay estava guardada no fundo falso de um criado-mudo, ao lado da cama do policial. No momento do disparo, ele estava fazendo comida na cozinha, enquanto a filha e a sobrinha brincavam.
“Tudo indica que as crianças estavam assistindo televisão e o policial estava preparando a comida. Ele era o único adulto na casa naquele momento”, relatou o delegado.
“Até o momento a gente ainda não tem todas as respostas, mas criança a gente sabe que é muito curiosa, todas são curiosas. A gente pode fazer uma relação aqui de que pode ter havido um vasculhamento, uma procura de alguma coisa e, por acaso, encontraram”, completou.
Ainda conforme Olímpio, a arma era pessoal do policial, e não funcional. “A arma é particular, o proprietário é um policial, nós policiais todos temos que ter uma arma para proteção pessoal. É uma pessoa que é habilitada e segundo consta, tinha muito cuidado na guarda do seu armamento”, afirmou.
caso
Eloá, de apenas 2 anos, foi morta na manhã desta quinta-feira (11) na casa onde mora, no bairro Santa Cruz II, em Cuiabá. Ela brincava com sua prima, de 5 anos, que passava férias com a família.
As duas meninas brincavam no quarto, quando a mais velha achou a arma do policial no fundo falso de uma gaveta. A criança acabou atirando acidentalmente na cabeça da prima, que morreu na hora.
Criança era adotada
O casal Elienay Pinheiro e Raquel da Silva Oliveira esperou 6 anos na fila de adoção para conseguir a guarda da pequena Eloá, de 2 anos.
Raquel e Elienay obtiveram a guarda de Eloá em setembro de 2021. Em agosto de 2022, eles realizaram o sonho e conseguiram registrar a certidão de nascimento da filha, que passou a levar o sobrenome do casal.
“É com muita alegria que compartilhamos com vocês a grande benção. Estamos com a certidão de nascimento da Eloá, tendo Elienay e Raquel como pais. Oficialmente filha no documento porque no coração já é filha há muito tempo. Obrigada a todos pelas orações”, escreveu Raquel em suas redes sociais.
REPÓRTER MT