Foram cumpridos quatro ordens de prisão, oito de busca e apreensão, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos. Conselho Regional de Farmácia informou, em nota, que acompanha o caso e confia no trabalho da Justiça.Foram cumpridos quatro ordens de prisão, oito de busca e apreensão, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos. Conselho Regional de Farmácia informou, em nota, que acompanha o caso e confia no trabalho da Justiça.
Os alvos da "Operação Fenestra", deflagrada nesta segunda-feira (22), em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, incluem o tesoureiro do Conselho Regional de Farmácia do estado (CRF), Ednaldo Jesus e Silva, e o superintendente da Secretaria Municipal de Saúde do município, Oswaldo Prado Rocha.
A ação policial cumpriu 22 mandados judiciais sobre suposto esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (UPA Ipase) da região.
A prefeitura informou que aguarda a Procuradoria do município ser citada das ordens judiciais para uma posição oficial e que, a princípio, a posição do prefeito é de demissão de cargos comissionados e afastamento de servidores de carreira, com abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Entre os alvos da investigação, estão o superintendente de Saúde do município, chefes da farmácia e um empresário do ramo de medicamentos que foram presos.
- Jackson Alves Lopes – farmacêutico/servidor;
- Ednaldo Jesus e Silva – farmacêutico/servidor e tesoureiro do Conselho Regional de Famárcia;
- Fernando Metelo Gomes de Almeida – empresário do ramo da saúde;
- Oswaldo Prado Rocha – superintendente da Atenção Secundária das UPAs Ipase e Cristo Rei.
De acordo com a polícia, foram cumpridos quatro ordens de prisão, oito de busca e apreensão, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, além de mandado de sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município.
Ainda de acordo com a polícia, também foram determinadas quatro medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, mas estão proíbidos de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto socorro público de Várzea Grande, exceto como pacientes.
Participação no crime
Durante as investigações também foi demonstrado que o desvio de medicamentos era liderado pelo superintendente de saúde de Várzea Grande, o que destaca, em especial, a atuação delituosa dos agentes públicos, chefes de farmácia, sem a qual certamente os fatos não ocorreriam em prejuízo da farmácia da Upa, informou a polícia.
Os investigados devem responder pelo crime de associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, extravio de documento e lavagem de dinheiro.
Nome da operação
Fesnestra faz alusão à palavra em latim que significa janela, que foi aberta no fundo da farmácia Upa Ipase no período pandêmico para o desvio de medicamentos.
FONTE:G1 MATO GROSSO