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Ministério Público pede interdição parcial de penitenciária de MT por falta de médicos

Publicado em: 21/06/2023
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Segundo o Ministério Público, atualmente, mais de 40 presos precisam de consulta médica e estão sem assistência na unidade prisional.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu a interdição parcial do Centro de Detenção Provisória (CDP) em Juína, a 737 km de Cuiabá, por falta de médicos para atuar na unidade. Segundo o MP, atualmente, mais de 40 presos necessitam de consulta médica e estão sem assistência.

O MP pediu a interdição parcial do presídio até que seja providenciada a contratação de médico para atuar na unidade. De acordo com o MP, a ação não autorizaria a soltura dos presos, mas a proibição de recebimento de novos detentos, oriundos de outras localidades enquanto perdurar a falta de prestação de atendimento médico adequado.

O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), que informou por meio de nota que não foi notificada do pedido de interdição e quanto ao atendimento médico, os casos de urgência e emergência na unidade continuam normalmente. Já os casos ambulatoriais são atendidos na rede municipal uma vez por semana. Com relação às especialidades médicas, os reeducandos passam pelo sistema de regulação e são deslocados a outros municípios quando necessário.

Segundo o MP, a falta de médico na unidade vem se estendendo desde 2018. Na ocasião, o Ministério Público ingressou com ação civil pública e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou ao governo a contratação de médico para atuar na unidade prisional.

O Ministério Público cita que após a condenação, o estado efetivou três contratações de médicos, mas todos permaneceram em atividade por pouco tempo e desde março do ano passado, a unidade está sem o profissional.

Atualmente, a unidade prisional de Juína possui mais de 200 presos, quando a capacidade máxima prevista é de 152.

No documento, o promotor de Justiça responsável pela ação, Danillo Preti Vieira, disse que a ausência de um médico impede a realização de exame criminológico. Aponta ainda a ausência de viaturas para encaminhar os presos às unidades de saúde do município para realização de consultas.

O promotor de Justiça disse que além de afrontar a Constituição Federal, o Código Penal e a legislação estadual, a falta de atendimento médico adequado aos presos vai contra o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário.

FONTE:G1 MATO GROSSO 

Fonte: G1 MATO GROSSO

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