O representante de um garimpo ilegal da região foi preso. As investigações continuam para identificar os responsáveis pela degradação na região.
Maquinário e equipamentos de extração foram destruídos durante a "Operação Ibi-çoroc" da Polícia Federal contra garimpos ilegais No Parque Nacional do Juruena, uma unidade de conservação localizada em Nova Bandeirantes, na região norte de Mato Grosso.
A ação aconteceu entre terça-feira (1°) e quinta-feira (3). Um representante de um garimpo da região foi preso.
A PF informou que agentes de três instituições constataram um grande número de frentes de lavras recém-abertas, flagrando equipamentos de extração instalados e em operação. Todo material foi destruído, como cinco escavadeiras hidráulicas de médio e grande porte, 10 dragas, além de acampamentos com estrutura de refeitório e alojamento.
Durante a operação, houve a prisão do Presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes, responsável por uma grande área de garimpo na região, que operava sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM). Segundo a PF, a pena somada dos crimes referentes ao garimpo ilegal pode chegar a 6 anos de prisão.
A operação teve apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Imagens de satélites mostraram que garimpeiros e grileiros de terras da região continuavam a extração com potencial de devastação de áreas protegidas.
Nas apurações, foi constatado que os grileiros se associaram a garimpeiros para exploração da área, promovendo desmatamento de áreas de floresta primária mediante a cobrança de um percentual do minério extraído.
Os alertas de desmatamento e mineração ilegal emitidos pelo monitoramento por satélite permitiram aos agentes identificar os crimes em estágio, com localização de 24 novas frentes de lavra, em um total de 260 hectares de áreas recém abertas, sendo 95 hectares no interior do parque.
Levantamentos preliminares da perícia da PF apontaram a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 46 milhões só com a mineração e mais de R$ 300 milhões com o desmatamento ilegal financiado pela mineração.
As investigações continuam para identificar os líderes e integrantes da associação criminosa.
FONTE:G1 MATO GROSSO