Criança tem menos de 2 anos
Uma mãe, identificada como Aline Gonçalves Silva, procurou uma delegacia da Polícia Civil após a filha de um ano e dez meses, ser maltratada na creche onde estuda, no bairro Porto, em Cuiabá. Abalada, ela registrou um boletim de ocorrência e em seguida a menor, que é autista, passou por exames na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O caso foi registrado no último dia 9 de agosto.
Esse é o terceiro caso envolvendo violência infantil na Capital que vem à tona nesta semana, o segundo onde a vítima tem diagnóstico de autismo.
Conforme o registro policial, no dia 9 de agosto, Aline foi buscar o filho mais velho na EMEB José Nicolau Pinto e a diretora do local a encaminhou a uma sala. Foi então que a gestora disse para a mãe que tudo ia “ficar bem, não vai acontecer nada”. Ela então comunicou à mãe que a menina, que possui uma irmã gêmea, foi mordida por outra criança.
Consta no boletim de ocorrência que não teria sido a primeira vez que a agressão ocorreu, mas nas outras vezes o problema foi resolvido. Desta vez, no entanto, a diretora explicou que a menina não obedecia a seus comandos do tipo “ficar quieta, não faz isso” e que por isso estava sendo mordida. Contudo, a mãe assegura que a filha em casa é tranquila e obediente.
Ao pedir para ver a filha, a diretora disse que a menina estava dormindo e que ela poderia pegá-la mais tarde. No horário de saída, ela notou que a menor estava cheia de marcas não condizentes com as de mordidas, mas sim de maus-tratos.
A menor realizou exames na Politec sendo constatadas lesões corporais causadas por ação contundente. “No terço médio do antebraço esquerdo notam-se três escoriações com formato arciforme, com concavidades voltadas para o mesmo lado, compatíveis com estigmas ungueais [unhas]. Adjacente a essas escoriações, há equimose de cor avermelhada, com formato irregular”, traz o laudo pericial.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que apura os fatos, mas esclareceu que houve apenas um “desentendimento entre crianças”. Além disso, destacou que promove constantemente formação para os profissionais a fim de evitar situações semelhantes e que entrou em contato com as mães para “encaminhamentos necessários”.
FONTE;ColiderNews/FOLHAMAX