Durante o julgamento, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, manteve a confissão e voltou a dizer que não se arrependeu da prática do crime. Benedito Cardoso, de 42 anos, foi morto com golpes de faca e machado.
Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, acusado de matar Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, após uma discussão política durante o período eleitoral, em 2022, foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. O júri foi realizado nesta quinta-feira (24), em Porto Alegre do Norte, 1.143 km de Cuiabá. Conforme investigação da Polícia Civil, o réu era apoiador de Jair Bolsonaro e a vítima apoiava o então candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O crime ocorreu em setembro do ano passado, em um sítio no município de Confresa, a 1.160 km da capital. O Ministério Público de Mato Grosso informou que estuda a possibilidade de recorrer da sentença para aumentar a pena.
De acordo com a promotora de Justiça substituta, Daniela Moreira Augusto, as três qualificadoras apresentadas na denúncia do Ministério Público foram acolhidas pelos jurados. O entendimento no Tribunal do Júri foi de que o crime ocorreu por motivo fútil, meio cruel e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Durante o julgamento, o réu manteve a confissão e voltou a dizer que não se arrependeu da prática do crime.
Benedito Cardoso foi morto com golpes de faca e machado. (entenda abaixo)
O crime
Conforme a denúncia, no dia do crime, Rafael começou a defender o então presidente da República, Jair Bolsonaro, e a vítima falava sobre o ex-presidente Lula. Após divergência de opinião os dois começaram a discutir.
Nesse momento, Rafael conseguiu pegar uma faca e, após perseguir a vítima na propriedade, a atingiu pelas costas.
“Aproveitando-se que ela se encontrava ferida e caída no solo, sem que pudesse oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes com a faca. Ao constatar que a vítima ainda estava viva, Rafael desferiu-lhe mais um golpe fazendo uso de outra arma branca (machado), revelando uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”, diz a promotora em trecho da denúncia.
Rafael foi preso após dar entrada em um hospital da cidade com um corte na mão, afirmando ter sido vítima de um roubo. Os policiais encontraram a faca e o machado e outros elementos que apontavam para o homem no local do crime.
FONTE;G1 MATO GROSSO