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Gaeco afasta dois servidores da Sema por esquema de fraude em cadastros ambientais

Publicado em: 31/08/2023
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Até o momento, já foram levantados prejuízos ambientais no valor de R$ 495 milhões.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na tarde desta quinta-feira (31), a “Operação Loki”, que tem o objetivo de desarticular um novo esquema de fraudes em cadastros ambientais (CARs) na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Dois servidores efetivos dos setores florestais da Sema foram afastados do cargo. Além disso, foram expedidos pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mandados para sequestro de três imóveis rurais e quatro veículos dos investigados.

Segundo o Gaeco, o esquema consistia em aprovar Cadastros Ambientais com informações falsas e alterar a fitofisionomia vegetal para que imóveis localizados em áreas de floresta amazônica pudessem aumentar a área de desmatamentos em até 65%.

Até o momento, já foram levantados prejuízos ambientais no valor de R$ 495 milhões, além do sequestro de R$ 500 milhões. Foram realizados desmatamentos ilegais em 20 mil hectares.

Além da atuação de servidores, as investigações apontaram ainda a atuação de terceiros no esquema fraudulento. Os fatos apurados, conforme a unidade ambiental do Gaeco, são objeto de treze ações penais em andamento na 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, contra sessenta e um denunciados por fraudes de cadastros ambientais e de tipologias de vegetação.

A Operação Loki vai responsabilizar os dois servidores da SEMA e uma terceira pessoa pelo crime de lavagem de dinheiro resultante dos outros crimes cometidos.

Dinheiro apreendido

O Gaeco informou que durante cumprimento a mandado de busca e apreensão na casa de um dos denunciados foi apreendido R$ 86 mil em espécie, considerados como de origem ilícita.

Em outros mandados cumpridos anteriormente foram apreendidos veículos, documentos, computadores e processos.

Um dos réus valia-se inclusive de sua esposa, que também foi denunciada por utilizar uma empresa de sua propriedade para ocultar/dissimular a origem ilícita de valores provenientes de “negociações” espúrias, para destinação econômica à quantia recebida.,

Movimentação acima da média

Em um período de cinco anos, um dos servidores envolvidos, que à época dos fatos (ano de 2019) recebia remuneração mensal líquida de R$11.620,82, movimentou em sua conta, entre créditos e débitos, o valor de R$ 12,3 milhões. Desse montante, conforme apurado na investigação, pelo menos R$ 798.521,36 foram depósitos em espécie. 

FONTE;REPÓRTER MT

Fonte: REPÓRTER MT

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