A empresária Taiza Tossatt, investigada pela polícia em um esquema de pirâmide financeira, em Cuiabá, teria lesado um amigo e até mesmo um primo por meio da empresa DT Financeira. Além dela, o policial federal Ricardo Mancinelli Ratola e o médico Diego Flores também são investigados.
A informação foi divulgada em uma reportagem do programa Domingo Espetacular, na Rede
Record, exibido no último domingo (21).
Na reportagem, Diego Alves e Cristina Castro – primos de Taiza – e o analista de redes Thiago
Costa revelaram que foram convencidos a participar do esquema.
O casal Cristina e Diego relatou que Taiza sempre foi ambiciosa e teria se tornado ainda mais
depois que se casou com o policial Ricardo. Eles ainda contaram que, para passar credibilidade e a
ideia de que suposto investimento era lucrativo, a mulher os convidou para ir até a casa dela.
“Ela me convidou a ir na casa dela e me ensinar a forma como ela operava. Quando eu cheguei lá,
eram muitas empregadas, carros de luxo, moto”, contou Diego.
“Se ela tem coragem de fazer isso com alguém que é parente dela, que é tão próximo dela,
imagina o que ela é capaz de fazer com outras pessoas?”, questionou o rapaz.
Thiago Costa, por sua vez, que era amigo de Taiza, relembrou que investiu R$ 100 mil, mas, deste
total, conseguiu recuperar R$ 58 mil.
Já o empresário Lauri Rodrigues disse ter depositado R$ 500 mil, mesmo indo contra o conselho
da esposa, que o orientou a não participar do esquema
"Eu comecei a suspeitar, porque outros conhecidos meus, que também havia investido com Taiza,
a empresa e os sócios, me relataram muita dificuldade na hora de realizar saques", contou.
Ao todo, segundo investigações da Polícia Civil, o trio golpista teria feito mais de 50 vítimas em
Mato Grosso e outros estados, movimentando cerca de R$ 15 milhões em um ano. Além de serem
investigados pela Delegacia de Consumidor de Cuiabá (Decon), a Polícia Federal também apura o
caso.
Segundo a reportagem da TV Record, Ricardo e Diego continuam atuando profissionalmente e
negam envolvimento no esquema.
Taiza ainda depôs na Polícia, mas, por meio de seu advogado, também negou que faça parte do
esquema criminoso e que vai provar a sua inocência.