O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o investigador de policia civil Bruno Caetano Moro
por tentativa de homicídio qualificado e pediu à Justiça que ele seja julgado perante o Tribunal do
Júri. Bruno foi preso em outubro de 2022 depois de atirar em um cantor no bar Cerveja de
Garrafa, em Sinop, motivado por ciúmes.
De acordo com os autos do inquérito policial, no dia 29 de outubro, por volta das 23h30, Bruno
tentou matar a vítima Renan Zimer dos Santos, só não consumando o crime contra a vida por
motivos alheios à sua vontade.
A vítima relatou que cantava no palco quando uma mulher, que seria companheira do policial,
teria subido no palco e o abraçado.
Logo que viu a situação, Bruno também teria subido no palco e desferido um soco no rosto de
Renan. Depois, ele sacou a arma de fogo e atirou.
O segurança do bar confirmou a versão da vítima aos militares e disse que Bruno chegou
acompanhado de duas mulheres.
Na ocasião, pediu que ele registrasse no livro de controle que estaria armado. O policial atendeu o
pedido e adentrou o estabelecimento. Contudo, em dado momento, uma delas teria abraçado o
cantor, quando toda a confusão se instalou.
O promotor de Justiça Hebert Dias Ferreira anotou na denúncia as qualificadoras da tentativa de
homicídio. Por motivo fútil, uma vez que tentou matar por ciúmes e, além disso, foi verificado
recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a mesma foi surpreendida com ataque repentino.
Também foi constatado emprego de meio que colocou em risco a vida de todos que estavam no
bar, porque Bruno atirou em local com aglomeração de pessoas.
“Diante do exposto, o Ministério Público denuncia Bruno Caetano Moro como incurso nas
disposições do artigo 121, § 2º, incisos II [motivo fútil] , III [perigo comum] e IV [recurso que
dificultou a defesa da vítima], razão pela qual requer seja a presente inicial recebida, registrada e
autuada, citando-o para apresentar resposta à acusação e se ver processar, prosseguindo-se nos
demais termos e atos processuais, com sua pronúncia e submissão a julgamento pelo Egrégio
Tribunal do Júri da Comarca de Sinop/MT, para ao final ser condenado”, requereu o Ministério
Público.