Dois homens, de 32 e 35 anos, foram presos na tarde de domingo (18), em Cuiabá, na Operação
Fantasma, deflagrada pela Polícia Civil. Os suspeitos são apontados como líderes de uma
organização criminosa e estavam com mandados de prisão em aberto, sendo um por Arenápolis e
outro por Cáceres. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas.
Os suspeitos vinham sendo procurados por atuarem como líderes de uma organização criminosa,
responsável pelo tráfico de drogas e outros crimes, nas cidades de Arenápolis, Nortelândia, Nova
Marilândia e Santo Afonso. Eles são suspeitos de terem movimentado cerca de R$ 1 milhão.
Um deles foi preso no bairro Residencial Itamaraty. O segundo, com dois mandados em aberto, foi
localizado pela equipe da Polinter no bairro Morada da Serra.
Os inquéritos instaurados pela Delegacia de Arenápolis tiveram como objetivo identificar,
qualificar e descrever o modus operandi das lideranças do tráfico de drogas de toda a região.
Os investigados respondem por homicídios, ocultação de cadáver, tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de
arma de fogo, roubo, sequestro, entre outros crimes.
As prisões foram realizadas pela Gerência Estadual de Polinter e Capturas, durante ação para
cumprimento de três mandados de prisão, em apoio às investigações conduzidas pela Delegacia
de Arenápolis.
Estrutura da organização
Conforme o delegado Hugo Abdon, por quase dois anos as lideranças, que são de Cuiabá,
estiveram se esquivando das ações policiais. Porém, após os homicídios das vítimas Said Rios e
Marcos Vinícius, em julho de 2023, os policiais civis de Arenápolis conseguiram identificar toda a
estrutura da facção criminosa instalada na região.
Os faccionados se dividem em uma determinada estrutura. Um dos investigados, de codinome
“Popeye”, exercia a função de voz, considerado dono da “quebrada” e que é responsável por toda a
droga que chega.
O segundo, de codinome “Fernandinho”, é o braço direito de “Popeye” e operacionaliza a
distribuição de drogas. Ele também participava da gestão das vendas e das cobranças.
Os demais membros se dividem entre “gerentes do tráfico” e “disciplinas”, além daqueles que
exercem a função de “biqueira”, ou seja, aqueles que vendem as drogas em “bocas de fumo”.
Com base nos indícios, evidências e nas qualificações dos criminosos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de oito membros da facção, sendo dois dos líderes já presos anteriormente, o “Popeye” e “Fernandinho”.
Das oito ordens de prisões preventivas, quatro já haviam sido cumpridas pela Delegacia de Arenápolis. Neste domingo (18), a
Polinter efetuou a prisão de mais dois deles, em Cuiabá. Já os outros dois, de codinomes “Arcanjo” e “Lacraia”, ainda estão
foragidos.
O delegado Hugo Abdon destacou que os investigados movimentaram, em apenas um ano, mais de R$ 1 milhão em operações
bancárias suspeitas.
"O saldo da Operação Fantasma até o momento é de seis presos preventivos e dois ainda foragidos”, destacou o delegado.
(Com informações da assessoria)