Vítima relatou à polícia que era proibida de sair de casa sozinha e de usar meios de comunicação. Além de afirmar ser agredida com pancadas na cabeça e xingamentos.
O vereador José Soares de Sousa (MDB), de 49 anos, foi preso em flagrante na última sexta-feira (21), após a esposa dele, de 42 anos, denunciá-lo por violência doméstica, psicológica e cárcere privado, em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá. No dia seguinte a prisão, o vereador passou por uma audiência de custódia e foi solto depois de pagar R$ 2 mil de fiança.
A vítima relatou à Polícia Civil que era proibida de sair de casa sozinha e de usar meios de comunicação. Segundo ela, os episódios de violência ocorriam há cerca de seis meses, no entanto, ela não denunciou antes por medo das ameaças de morte que recebia do marido.
O g1 tenta contato com a defesa do suspeito.
Segundo a polícia, a mulher era agredida com pancadas na cabeça e xingamentos. Além disso, o suspeito teria instalado câmeras de segurança na casa dos dois para monitorá-la e colocava pessoas na rua para vigiá-la, caso ela saísse de casa.
Ainda de acordo com os relatos da vítima, após um dos episódios de agressão ela pediu ajuda, escondida, para um familiar, porém, o suspeito teria descoberto e a torturado como forma de punição.
Depois das informações passadas pela vítima e da coleta de evidências, os policiais do município realizaram investigações que resultaram na prisão em flagrante do vereador.
Ele foi conduzido à delegacia, onde foi interrogado e posteriormente autuado por violência doméstica e em seguida ele foi colocado à disposição da Justiça.
Outros crimes
Em abril de 2020, o vereador foi detido suspeito de agredir um funcionário de um hospital em Ribeirão Cascalheira, a 983 km de Cuiabá, quando foi visitar a filha que estava internada na época. Além de agredir o servidor, o vereador também deu socos e pontapés em policiais militares que tentavam detê-lo.
De acordo com a Polícia Civil, José Soares foi ouvido pelo delegado, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de lesão corporal, dano e vias de fato.
Na época, funcionários disseram que ele chegou ao hospital com um comportamento já alterado e perguntou sobre a filha.
No momento em que um funcionário foi mostrar o quarto onde a menina estava internada, o vereador o agrediu com socos no rosto e no peito. Ele não soube dizer qual foi o motivo da agressão.