Alguns comerciantes não possuem barracas e montaram bancas sem abrigo do sol.
Na manhã deste sábado (20), lojistas do Shopping Popular montaram tendas e barracas na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá, próximo ao estacionamento de onde era a estrutura do shopping, que foi destruído após um incêndio na madrugada de segunda-feira (15).
De acordo com a assessoria da Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá, os camelôs começaram a se realocar na rua que dá acesso ao estacionamento do shopping para tentarem vender seus produtos que não foram atingidos pelo incêndio ou que adquiriram após a tragédia. Alguns lojistas não possuem barracas ou tendas e se instalaram com bancas, sem abrigo do sol.
"Temos que recomeçar, somos camelôs e precisamos levar o sustento para casa, seja como for, nossa família depende de nós, e conclamamos os cuiabanos que nunca nos abandonaram a vir, ajudar na compra, estará ajudando muito", diz Josemar, um dos comerciantes presentes.
O incêndio
A Polícia Civil ouviu duas pessoas que trabalham no Shopping Popular de Cuiabá como parte da investigação iniciada para apurar o incêndio que destruiu o centro de compras na madrugada de segunda-feira (15).
O depoimento de um segurança do shopping, que constatou a origem do incêndio, confirmou que a origem da fumaça ocorreu do lado de dentro do centro comercial, entre o forro de gesso e a laje do piso superior, por onde passa parte elétrica e a tubulação de água.
A Polícia Civil também ouviu uma funcionária do estacionamento, que esteve no prédio cerca de três horas antes do fato.
O delegado Celso Renda Gomes explica que não há como falar em ‘erro’ na parte elétrica. “Pode ser pane em algum motor de porta automática, aparelho de ar condicionado, bomba d'água, super aquecimento na fiação, mas tudo será analisado na perícia”, pontuou o titular da 2ª Delegacia de Cuiabá, responsável pela apuração.
As oitivas e diligências realizadas não apontam indícios de crime, até o momento. O delegado explica que a investigação prossegue com os depoimentos das pessoas arroladas, e aguardará os resultados dos exames periciais que foram iniciados pela Politec-MT.
Serão ouvidos ainda funcionários da administração do shopping para levantamentos técnicos como a planta do prédio, número de associados, manutenções recentes, entre outras informações necessárias.