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"O que mais buscam hoje são bancos de dados voltados a veículos e cartões de crédito", diz delegada sobre perfil dos crimes cibernéticos

Publicado em: 03/08/2024
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A delegada Juliana Palhares, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes
Informáticos (DRCI), discutiu em entrevista ao PodOlhar, disponível no YouTube, os principais
focos de atuação dos criminosos cibernéticos e forneceu orientações importantes para a
proteção dos dados pessoais e financeiros dos cidadãos.

Palhares explicou que atualmente os criminosos cibernéticos buscam principalmente bancos de
dados relacionados a veículos e cartões de crédito. Ela ressaltou que muitos golpes são baseados
em informações superficiais, mas que acabam gerando grande impacto nas vítimas.
"O que mais buscam hoje são bancos de dados voltados a veículos, cartões de crédito. Você, com
certeza, conhece alguém que recebeu alguma ligação, olha, eu sou da facção tal, você mora na
rua tal, número tal, você tem empresa tal, tal, são dados. Não tem nenhuma informação pessoal
sua. Não sabe, às vezes, nem quem é você, e você, às vezes, é uma autoridade. Eles conseguem
os dados para fazer essa extorsão com a pessoa, e a pessoa fala: ‘meu Deus, eles sabem onde eu
moro, sabem o nome do meu vizinho, é da facção mesmo’. E a pessoa acaba com medo pagando,
fazendo o PIX", afirmou.
A delegada enfatizou que o perigo não está apenas no mundo físico, mas também na internet.
"Antes a gente achava que o perigo tava lá fora, né? E às vezes o perigo está dentro mesmo.
Através da internet". Ela aconselhou os cidadãos a sempre verificarem a autenticidade das
informações antes de realizar qualquer pagamento online. "Não acredite, confira. Nós temos hoje,
infelizmente, muitos sites fakes de pagamento de IPVA, de lojas amplamente conhecidas, ou
pequenos comércios. Então, se certifique que você está na página oficial. Verifique a grafia desse
site, né? Não acredite, não vá fazendo pagamentos sem checar essa informação. Não acredite
que seja o seu familiar, que seja o seu amigo. Cheque antes, perca aí seus 10, 15 minutos
pensando, para depois você tomar a sua decisão. Porque depois que você toma... É
impressionante, a pessoa faz o pagamento, na hora ela fala ‘Ah, acho que eu caí no golpe’. E é isso
mesmo".
Palhares também abordou os riscos de golpes através das redes sociais, destacando a

necessidade de verificação das contas antes de realizar qualquer transação. "Eu tenho percebido
muitas notícias de pessoas que aparece uma publicidade no Instagram, ou uma rede social muito
parecida e você acredita que você está comprando. Então, verifique o número de seguidores, se é
uma conta verificada ou não".
Ela mencionou a facilidade de contato com representantes de plataformas populares no Brasil,
mas apontou dificuldades com algumas outras plataformas, como o Telegram, que possuem
políticas distintas e não têm representantes no país.
A delegada concluiu destacando que, além dos golpes financeiros, os crimes cibernéticos também
abrangem outras áreas como cyberbullying. "Não só uma questão só de golpe, gente. Uma
questão de crimes informáticos, cibernéticos, cyberbullying".

Fonte: Olhar direto

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