Gilvanio dos Santos, de 27 anos, preso nessa terça-feira (3), confessou ter assassinado o empresário Mário Martello Junior, 68, e revelou que usou uma máquina para arrastar o corpo da vítima, ainda viva, até um local afastado. O cadáver do idoso, que estava desaparecida desde domingo (1), foi encontrado na terça na empresa de reciclagem no bairro Distrito Industrial, em Cuiabá,
embaixo de entulhos e embalagens e em estado de decomposição.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (4), o delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Bruno Abreu, deu mais detalhes do homicídio. Em depoimento, Gilvanio explicou como matou o empresário.
Segundo o suspeito, o homicídio ocorreu no domingo. Gilvanio era ex-funcionário de Mário e teve seu contrato rescindido um dia antes. No dia seguinte, ele foi até a empresa com a desculpa de que lavaria algumas roupas. O empresário e o rapaz tiveram uma discussão, no momento em que o idoso caiu e bateu a cabeça.
Em seguida, Gilvanio amarrou os pés da vítima - que ainda estava viva - e com a ajuda de um máquina arrastou o corpo dele para um local afastado.
"O suspeito teria pedido a chave da empresa na sexta-feira. No sábado, se dirigiu a empresa para, segundo ele, pegar algumas lavar algumas roupas no local. E nesse momento começou um desentendimento", disse o delegado.
Segundo suspeito, eles entraram em luta corporal aí e a vítima teria sido empurrada, caiu ao solo, batido a cabeça numa máquina
que estava lá, e teria ficado inconsciente. Depois disso, o suspeito teria amarrado os pés da vítima, colocado em uma máquina a levado até o canto da empresa, um local até difícil acesso", acrescentou a autoridade.
Após o fato, Gilvanio pegou o cartão de débito e o celular de Mário. O criminoso ainda tentou se passar pela vítima para pedir
dinheiro para familiares e amigos do empesário.
O suspeito foi identificado após câmeras de monitoramento flagrarem o momento em que ele usou os cartões da vítima na última segunda-feira (2). Uma equipe de inteligência do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também identificou o uso dos cartões
bancários em uma máquina de um supermercado de Cuiabá.
O criminoso ainda teria usado mais de R$ 900 da vítima para fazer apostas em jogos de azar, como o famosos 'Tigrinho'.
Além de Gilvanio, sua companheira, que não teve o nome divulgado, também foi detida pelo crime de receptação culposa. Ela foi levada para delegacia, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por delito de menor potencial ofensivo, e liberada em seguida.