O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE, mostra Mato Grosso sustentando trajetória de alta em relação aos custos do segmento. Em outubro, o custo médio de construção do metro quadrado (m²) chegou a R$ 1.841,50, sendo o maior do Centro-Oeste. Em 12 meses, a inflação acumulada no estado também se destaca pela variação, atingindo 4,26%, portanto acima das médias regional e nacional para o mesmo período.
No Centro-Oeste, o maior custo era ‘tradicionalmente’ registrado no Distrito Federal. Porém, no decorrer de 2024, Mato Grosso passou a líder os custos de construção. Em outubro, o DF atingiu R$ 1.825,53, Goiás, R$ 1.750,10 e Mato Grosso do Sul, R$ 1.741,30.
Dos mais de R$ 1,8 mil necessários à construção de um metro², em Mato Grosso, R$ 1.116,09 se referem à aquisição de materiais de construção, sendo a parcela mais variável no decorrer do ano. O restante, R$ 725,41, se referem à mão-de-obra, parcela em estabilidade desde maio.
Ainda em relação à evolução inflacionária no estado, de janeiro a outubro, o percentual estadual é de 2,21%, sendo o segundo maior da região, atrás apenas dos 2,40% aferidos em Goiás.
A região Norte, com alta na parcela dos materiais em todos os estados e acordos coletivos observados em Roraima e no Pará, ficou com a maior variação regional em outubro, 1,58%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,40% (Nordeste), 0,50% (Sudeste), 0,42% (Sul) e 0,17% (Centro-Oeste).
Com alta nas categorias profissionais e no segmento dos materiais, Roraima foi o estado com a maior taxa em outubro, 3,08%, seguido pelo Pará (2,98%), sob as mesmas condições.
PANORAMA – No país, o Sinapi variou 0,53% em outubro, alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação ao índice de setembro (0,35%). O acumulado nos últimos doze meses foi de 3,86%, acima dos 3,46% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O índice de outubro de 2023 foi de 0,14%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em setembro fechou em R$ 1.773,20, passou em outubro para R$ 1.782,41, sendo R$ 1.027,32 relativos aos materiais e R$ 755,19 à mão de obra.
“Com taxa de 0,79% em outubro, a parcela dos materiais apresentou alta significativa e é a maior taxa desde agosto de 2022, ficando bem acima das taxas registradas em setembro deste ano e em outubro de 2023. Já o segmento da mão-de-obra, apesar de dois acordos coletivos firmados, manteve o índice de setembro, de 0,16%, registrando queda em relação a outubro do ano anterior”, explicou Augusto Oliveira, gerente da pesquisa.
De janeiro a outubro, os acumulados foram: 2,56% (materiais) e 4,82% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 2,91% (materiais) e 5,16% (mão de obra), respectivamente.