Prefeitura gasta R$ 1,4 mi com "viagens" de garis, vigias e pedreiros.
A prefeitura de Vila Bela da Santíssima Trindade gastou, entre os meses de janeiro a setembro de 2024, o total de R$ 1,4 milhões em diárias pagas aos servidores municipais. Além do montante, o que chama a atenção são os valores recebidos por servidores que nem mesmo tem função que necessite de viagens, como pedreiros, vigias, garis e auxiliar de serviços gerais, entre outros. Moradores do município denunciaram o fato como “farra das diárias”.
Segundo o site Midia Jur, somente para um cargo de pedreiro foram pagos em diária o total de R$ 3.000,00, nos meses de outubro e novembro. Os dados são do Portal da Transparência do município. No Portal que fez a denuncia é possível constatar diversos servidores, em funções que habitualmente prescindem de deslocamento da cidade, recebendo montantes em diárias que estão muito acima de seus respectivos salários.
O montante total pago em diárias também chama atenção. Existem meses que o valor ultrapassa R$ 170 mil. Se forem considerados os 12 meses de gestão, de outubro de 2023 a setembro de 2024, o valor chega a quase R$ 1,8 milhão, o que corresponde a mais de 1% do total do orçamento do município para o ano de 2024, que foi de R$ 166 milhões, gastos com diárias.
Segundo a redação do site ainda afirmou que encaminhou email a prefeitura de Vila Bela para saber a razão de diárias pagas a servidores que não tem necessidade de viajar e montante pago a cada mês. Conforme orientação da Assessoria Jurídica da prefeitura, mas que até o fechamento da matéria não havia resposta.
A “farra das diárias” é mais uma polêmica envolvendo a administração do prefeito Jacob André Bringsken, reeleito em 2024. No início do ano, a prefeitura foi denunciada por ter contrato show de uma cantora para um réveillon, mas o show ter acontecido um dia depois, na posse do prefeito. Outra denúncia foi a manutenção de contratos com empresas reconhecidas como superfaturadas pelo TCE, além da prefeitura mantes contratos de aluguel com parentes de primeiro grau de secretários municipais, o que é proibido pela Constituição.