O dólar à vista fechou cotado a R$ 5,8691 para venda, segundo a mesa de operações de câmbio comercial e turismo da Ourominas. O mercado segue atento ao diferencial de juros entre Brasil e EUA, com as apostas de que hoje o Copom elevará a Selic em 1%, enquanto o FED manterá sua taxa inalterada.
O analista Elson Gusmão, destaca que no cenário fiscal brasileiro, a arrecadação federal em 2024 cresceu 9,62% em relação a 2023, atingindo o melhor resultado desde 1995. Contudo, a necessidade de financiamento do governo geral subiu para 7,6% do PIB no terceiro trimestre de 2024, ante 6,7% no mesmo período de 2023. O aumento das despesas, especialmente com benefícios previdenciários e assistenciais, pressiona o equilíbrio fiscal.
No calendário econômico desta quarta-feira, 29, destacam-se: a declaração de política monetária da zona do euro (10h15) e a decisão de juros dos EUA (16h), seguida de coletiva do FOMC. No Brasil, serão divulgados a receita tributária de dezembro (10h30), o fluxo cambial (14h) e a nova Selic (18h30).
OURO EM VALORIZAÇÃO – O mercado de ouro no Brasil reflete tendências globais influenciadas por diversos fatores econômicos e geopolíticos. Recentemente, o ouro tem apresentado valorização devido às expectativas de uma política monetária mais branda pelo Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos ao longo de 2025. A perspectiva de uma inflação mais moderada nos EUA sugere uma possível redução nas taxas de juros, o que tende a enfraquecer o dólar e aumentar a atratividade do ouro como investimento.
Além disso, como explica o analista de mercado, Mauriciano Cavalcante, as compras de ouro por Bancos Centrais têm sido um fator significativo no mercado para os preços do metal precioso. “Para investidores brasileiros, é crucial acompanhar essas tendências globais, bem como fatores internos, como a política econômica nacional e a taxa de câmbio, que podem influenciar o preço do ouro no mercado doméstico”.