Os profissionais estavam em greve desde o dia 6 de junho; eles pediam pagamento integral da RGA
Os servidores do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) e Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso) retornaram ao trabalho nesta sexta-feira (1º).
Os profissionais estavam em greve desde o dia 6 de junho em protesto contra o não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%.
A decisão foi tomada em assembleia geral, onde a maioria decidiu por aceitar projeto aprovado na noite de quarta-feira (29) pela Assembleia Legislativa prevendo o pagamento de 7,36% dos 11,28% da RGA em três parcelas – 2% no mês de setembro deste ano e 2,68% nos meses de janeiro e abril de 2017.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, avalia que o resultado da greve, apesar de não ter sido o esperado, foi uma prova da força que os servidores destas bases têm junto à economia do Estado.
Dias afirma que, com a paralisação, quem mais perdeu não foram os servidores e sim a economia do Estado, que contabilizou uma perda de quase R$ 800 milhões no setor agropecuário.
“Em todos os momentos a única saída apresentada pela equipe econômica do governo sempre foi economizar por intervenções nos salários dos que mais sofrem, que são os servidores. Primeiro foi a ameaça de mudança de data de pagamento para o dia 10, depois que atrasaria se pagasse a integralidade da RGA e agora esses 7,36% sem o aval do Fórum Sindical colocado goela abaixo dos sindicalistas e suas bases”, disse Diany .
Volta aos trabalhos
Com o retorno ao trabalho, as Guias de Transporte Animal (GTAs) voltam a ser emitidas.
Esse documento, conforme a presidente, é bom parâmetro do quanto a greve teve de adesão.
Em 2015, entre os dias 6 e 16 de junho, o Indea emitiu 60 mil GTAs e, em 2016, no mesmo período, apenas 19 mil sendo somente 7 mil emitidos pelos servidores em atendimento a liminares e acordos com entidades. O restante desse número é do chamado módulo produtor.