Em supermercados de Cuiabá, o litro do leite chega a custar quase R$ 5.
Segundo produtores, estiagem e custo da produção é motivo do aumento.
Nos últimos 12 meses, o preço do litro do leite em Mato Grosso aumentou cerca de 32%, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). Em supermercados de Cuiabá, o produto chega a custar quase R$ 5. A alta no preço, segundo os produtores, é motivada pelo custo da produção, que também aumentou e a falta de chuvas na região.
Além do litro de leite, os derivados do produto também tiveram alta de preço. O creme de leite e a manteira, por exemplo, tiveram aumento de 19 e 20%, respectivamente. O iogurte, comum na geladeiras dos brasileiros, teve alta de 16%.
A maior alta, no entanto, é a do queijo. O principal derivado do leite já virou artigo de luxo. O preço do quilo nos supermercados chega a custar quase R$ 36 e já está mais caro do que o quilo da picanha, que custa R$ 34.
A alternativa do consumidor tem sido diminuir o consumo. "O preço tá um absurdo, mas quem tem filho não pode deixar de comprar. O que eu faço agora é comprar menos. Só assim para não ficar sem", afirmou a cabeleireira Sabrina Ribeiro. Em Cuiabá, o litro do leite longa vida em supermercados chega a custar R$ 5. Já o litro do leite vendido no saquinho é de quase R$ 3.
O motivo do aumento segundo os produtores é a falta de chuvas, que compromete a a qualidade do pasto e, por consequência a produção de leite.
No período da entre safra, em que a estiagem é mais intensa, os produtores precisam inserir insumos na alimentação do rebanho.
De acordo com o diretor do sindicato dos trabalhadores rurais Luiz Alecio, o preço da saca do farelo de milho que antes era vendido a R$ 25 é comercialidado a R$ 38. "Isso cai tudo em cima do custo da produção do leite e é repassado para o consumidor", explicou Alecio.
Ainda segundo ele, a expectativa é de que o preço do leite continue alto até o fim da entre safra nos próximos dois meses.
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