Suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável pela Polícia Civil
Adolescente de 14 anos teria sido molestada desde os 9 anos, em Cuiabá.
Carolina Holland
O advogado de 46 anos suspeito de ter estuprado a própria filha foi solto na terça-feira (12), depois de ter ficado 13 dias preso no Centro de Custódia de Cuiabá. A adolescente, hoje com 15 anos, teria sido abusada desde os 9. Os crimes teriam acontecido quando ela ia dormir na casa do pai, que é separado da mãe dela há mais de 10 anos. O inquérito foi concluído na segunda-feira (11) e ele foi indiciado por estupro de vulnerável. O caso está em segredo de Justiça.
O suspeito depôs na Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) na semana passada e negou todos os crimes. O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça.
Conforme as investigações, a filha costumava passar os finais de semana com o pai, mas recentemente a mãe começou a desconfiar do comportamento da adolescente quando ela disse que não sabia se queria se relacionar com homens. A mãe, então, viu no diário da filha relatos que seriam dos abusos sofridos.
A mulher denunciou o caso à polícia e a adolescente, ao passar por atendimento psicossocial na Deddica, contou que os crimes começaram quando ela tinha 9 anos, e que muitos foram cometidos quando estava dormindo.
A apuração policial aponta que não houve conjunção carnal, mas que o pai passava as mãos nas partes íntimas da garota. Além da mãe e da filha, prestaram depoimento a esposa do advogado, e uma professora, uma amiga e um irmão da adolescente.
A Polícia Civil diz que os depoimentos e mensagens de celular trocados entre a suposta vítima e o pai apontam para a confirmação dos abusos. O advogado foi preso pela Polícia Civil dentro do próprio escritório, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, na manhã do dia 29 de junho.
