Secretário de Segurança Pública salientou que a bala que atingiu a cabeça do policial não saiu da pistola da corporação, mas sim da arma do criminoso
Não foi possível colocar um fim à ação criminosa que tirou a vida do soldado da Polícia Militar, Élcio Ramos Leite, de 29 anos, porque a arma dele falhou no momento do embate com criminosos, é o que afirma o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, em relação ao homicídio ocorrido na última terça-feira (2), no bairro CPA III, em Cuiabá. Na ocasião, o irmão de um dos acusados também acabou morrendo em confronto com a PM.
Em entrevista ao programa Cadeia Neles, Rogers explicou que o soldado (que não teve o nome revelado) que estava em companhia de Élcio, realizando investigações sobre um bandido que realizava venda de armas pelo WhatsApp, contou que quando eles estavam próximos à casa do investigado, três pessoas apareceram e o puxaram para dentro da casa. "As três pessoas que estavam ali perceberam que poderia se tratar de policiais e puxaram esse policial pelo braço", disse o secretário.
Quando puxado, o policial tentou sacar sua arma para reagir, mas ele acabou caindo com o puxão do bandido. Segundo Rogers, este soldado também seria morto, mas conseguiu bater a mão na arma do bandido e correr porque a pistola dele travou. “É que no momento da ação ele bateu a mão na arma e conseguiu se afastar e correr porque a pistola dele travou no momento da reação”, afirmou o secretário.
O secretário afirma ainda que Élcio Ramos morreu tentando salvar o parceiro. “Na verdade esse policial que morreu estava tentando salvar o companheiro dele. Porque ele estava a dois metros de distância daquele que foi puxado para dentro da residência, que é o primeiro policial. Então ele morreu tentando salvar o parceiro dele”, completou o secretário.
Ainda de acordo com Jarbas, quando viu o colega sendo puxado, Élcio conseguiu se afastar cerca de dois metros, sacou a pistola e atirou uma vez, mas acertou o chão da casa do bandido e depois travou. “Ela travou na hora de ejetar a cápsula deflagrada”, acrescentou.
Após o primeiro tiro que matou Élcio, outros policiais que estavam dando suporte um pouco mais de longe, se aproximaram e iniciaram a troca de tiros com os bandidos.
O chefe da Segurança Pública no Estado salientou aidna que a bala que atingiu a cabeça do policial Élcio Ramos não saiu da pistola da corporação, mas sim de outra arma envolvida no crime que também não pertencia ao companheiro Élcio, o que contraria a versão apresentada pelo pai de dois dos suspeitos, André Luiz de Oliveira, que acabou morto em seguida a morte do policial, e Carlos Alberto de Oliveira Júnior, que está preso.
"A arma de fogo que foi utilizada para alvejar o policial que foi morto foi a que estava com os criminosos e não a pistola, porque a pistola do policial estava travada. Quando ele efetuou o primeiro disparo que atingiu o solo porque ele foi puxado e estava em embate com um dos criminosos. Nesse embate, ele tentou, de fato, sacar a arma e reagir, mas ele atirou e atingiu o solo", disse Rogers.
Rogers ressalta que as armas foram apreendidas e a real dinâmica dos fatos deverá ser apontada após a conclusão da perícia e das investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).