Mais de 450 Carteiras Nacionais de Habilitação foram suspensas em Mato Grosso de janeiro a agosto deste ano. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). Se comparado com o ano passado, quando as suspensões totais foram de 132, este ano já apresenta um aumento de mais de 240%.
AssessoriaDetran
Segundo o Detran, a tendência atual é para o aumento de apreensões. Isso porque existem 2.823 processos de suspensão em andamento.
O levantamento aponta que, entre as infrações mais cometidas e que resultam na suspensão da habilitação, estão: transitar em velocidade superior a máxima permitida em mais de 50 % e dirigir sob influência de álcool.
Vale ressaltar que as suspensões são resultantes de processos instaurados no ano atual e em anos anteriores. O Detran confirma que a abertura do processo ocorre a partir do momento em que o condutor atinge 20 pontos em infrações de trânsito, no período de um ano.
“A duração da penalidade será pelo prazo mínimo de um mês até o máximo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos”, confirmou o Departamento Estadual de Trânsito.
Para os condutores já com a carteira de habilitação definitiva, ainda que não atinjam 20 pontos, os procedimentos de suspensão são abertos caso o condutor cometa infrações como dirigir sobre influência de álcool ou entorpecentes, praticar “rachas” nas vias, não prestar socorro à vítima, dirigir ameaçando pedestres em via pública, entre outras.
Já na CNH “provisória”, que tem validade de um ano, a penalização do permissionado ocorre quando este comete infração grave ou gravíssima, ou reincidência em infração média. O permissionado penalizado precisa abrir novo processo para a aquisição de nova permissão.
Já a cassação da habilitação ocorre quando suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo e ainda quando condenado judicialmente por delito de trânsito; etc.
INVESTIGAÇÃO – Na semana passada, seis servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso, além de um despachante, foram presos na operação denominada “Falsários”. Eles são suspeitos de uma série de fraudes na inserção de dados no Sistema Informatizado (Detrannet) do Detran-MT, em troca de vantagens.
Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), os suspeitos chegavam a receber R$ 200 para cada documento fraudado.
A investigação identificou irregularidades em diversos processos para emissão e regularização de documentos de veículos, que vão desde a montagem de processos faltando documentos ou com documentos errados, falta de vistoria ou sua realização via aplicativo WhatsApp, entrega de lacres para pessoas não autorizadas, auditorias fraudulentas, entre outras.