O monitoramento da Vigilância Epidemiológica realizou 314 notificações de microcefalia até 1º de outubro deste ano. Segundo as definições do Protocolo de Vigilância (recém-nascido, natimorto, abortamento ou feto), destes, 38,4% (111) permanecem em investigação. Considerando a classificação final, já foram descartados para microcefalia e/ou alteração do Sistema Nervoso Central (SNC) sugestivo de infecção congênita, 49,36% (155) do total de casos por 24 municípios.
Isso foi feito após a reavaliação clínica, de exames de imagens e do perímetro cefálico (baseado na curva de desenvolvimento infantil da Organização Mundial da Saúde - OMS), que constataram que o mesmo estava dentro da normalidade e sem alterações do SNC.
Ressalta-se que o município de Itiquira descartou um dos casos devido à impossibilidade de continuar a investigação, seguindo a orientação do Ministério da Saúde. Do total, apenas 15,28% (48) dos casos foram confirmados com microcefalia e/ou alterações do SNC. É importante que os municípios continuem a investigação conforme Protocolo de Vigilância, para confirmação ou descarte dos casos, contribuindo com informações precisas necessárias ao acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.
Casos que evoluíram para óbito
Do total de casos notificados, 7,64% (24) evoluíram para óbito após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Comparado com a semana anterior (SE 38), foi notificado um óbito, sendo um no município de Tangará da Serra que se encontra em investigação.
Os quatro óbitos descartados estão de acordo com as definições do Protocolo de Vigilância, sendo que os casos de Guarantã do Norte e Mirassol d´Oeste foram descartados, pois não foi possível investigação laboratorial. Ou seja, foram notificados por meio da busca retrospectiva nos prontuários médicos, impossibilitando a coleta de amostras para envio e o caso de Cuiabá por apresentar amostra negativa para o vírus Zika. Os demais estão aguardando os resultados de exames para classificação do caso.