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Reforço policial deve ser enviado para a Serra do Caldeirão ainda hoje

Publicado em: 05/01/2017
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A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso deve enviar, a partir desta quinta-feira (5), 32 policiais civis e militares para o garimpo ilegal, que foi invadida pela terceira vez. A intenção é garantir mais segurança para o município, já que parte dos invasores faz parte de facções criminosas. O grupo também está fortemente armado, segundo a polícia. A área é da União.

Os policiais que serão enviados são do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, e do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar. Conforme a assessoria da Sesp, já foi solicitada ao governo federal a presença do Exército e da Força Nacional de Segurança para que seja feita a reintegração e, depois, policiamento constante da área, que pertence à União.

Atualmente, uma mineradora faz estudos, autorizados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da produção de ouro no local.

A Justiça Federal já determinou a desocupação do garimpo ilegal, que foi invadido pela primeira vez em 2015. A reintegração da área já foi feita duas vezes, mas a região voltou a ser alvo de invasão no dia 30 de dezembro de 2016. Armados, os criminosos expulsaram os vigilantes da mineradora e atiraram em policiais que foram até lá para resgatar esses seguranças, no dia 30 de dezembro de 2016.

Desta vez, segundo a Polícia Civil, os invasores têm perfil diferente das invasões anteriores: eles são considerados de alta periculosidade, sendo que alguns são membros de facções criminosas. A polícia recebeu a informação que estão com fuzis 762, pistolas ponto 40 e 9 milímetros, espingardas calibre 12, e em busca de uma metralhadora ponto 50, capaz de derrubar um helicóptero.

Além de tentar garantir a segurança, os policiais enviados para Pontes e Lacerda deverão fazer abordagens de veículos para ver se estão transportando armas e mantimentos para serem enviados ao garimpo ilegal. Em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso, o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas criticou a conduta do governo federal em relação à região.

"O estado já fez a reintegração em duas oportunidades. E nós temos condições de fazer, imediatamente, uma nova reintegração e a prisão desses criminosos. Mas, se não houver uma participação efetiva do Ministério da Justiça, seja pela Polícia Federal, pela Força Nacional ou pela Polícia Rodoviária Federal, com apoio de outras forças e total apoio do estado, nós não resolveremos o problema", disse.

Para Jarbas, não é suficiente que o estado reintegre e que mantenha forças de segurança naquela região. "É necessário que a União assuma sua responsabilidade", disse. O secretário informou ainda que a reintegração da área não deverá ser feita enquanto não houver reforço policial federal para isso.

"Nós podemos entrar lá e fazer a imediata integração, prender os criminosos e agir com a energia que for necessária. Mas nós não queremos, primeiro, que vítimas saiam de lá feridas, ou mortas. Nós não queremos isso. (...) Nós vamos fazer a partir do momento que a União assumir o seu papel e manter a ordem naquele local após a reintegração", declarou o secretário.

Ação Civil Pública
Os ministérios públicos Federal e Estadual deverão entrar em breve com uma ação na Justiça para cobrar que forças de segurança federais retirem os invasores do garimpo da Serra da Borda e que permaneçam em Pontes e Lacerda para assumir o patrulhamento da área. Também deverá ser pedido que a União indenize o município pelos problemas que foram provocados pelas invasões.

O MP deverá pedir ainda que o DNPM tenha agilidade em autorizar a lavra de ouro, já que essa indefinição sobre a exploração estaria causando problemas na área de segurança, como o aumento nos roubos e furtos.

 

Fonte: Site g1.globo.com

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