Com o tema da Assembleia Geral Extraordinária 'Não adianta ficar parado ou correr – Tem que lutar', os servidores da saúde do estado, aprovaram nesta quinta-feira (26), indicativo de greve para 15 de março. Como estopim para a decisão a precarização e sucateamento de todas as unidades de saúde, o déficit no orçamento da Secretaria de Estado de Saúde que já começa com R$ 600 milhões a menos, contra as imposições do governo sem dialogo com a categoria, ameaças de corte de ponto no exercício do "Estado Democrático de Direito" prometido em campanha, não cumprimento de acordo com a categoria (homologado na justiça), pelo Concurso Público (15 anos sem concurso), dentre outras imposições.
Mesmo com um temporal desabando em Cuiabá no local da assembleia, compareceram ao todo 281 servidores da carreira que votaram a favor do indicativo de greve (capital e interior), com apenas dois contrários e nenhuma abstenção.
A medida acompanha a mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que também possui indicativo de greve para a mesma data e pauta de reivindicações semelhantes.
Para o presidente do SISMA, Oscarlino Alves é uma decisão que requer muita reflexão e responsabilidade e vem de encontro com a forma que está sendo gerido o estado. "Não há qualquer abertura de dialogo, embora tenham sido feitas dezenas de solicitações. O ano de 2017 começou com várias unidades de saúde fechadas, dentre elas o CRIDAC, CEOPE, Farmácia de Alto Custo e SAMU - todas têm em comum a falta de insumo, estrutura física sucateada e servidores descontentes e doentes".
Segundo Oscarlino, decidir por uma paralisação é uma medida extrema, mas de suma importância, pois demonstra de forma clara e objetiva todas as mazelas que vem passando a população e os servidores públicos mato-grossenses do poder executivo.