Funcionários pararam após morte cerebral de colega com 'doença do pombo'. Correios disse que trabalhadores irão passar por exames preventivos.
Mais de 300 funcionários do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas, localizado em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, continuam de braços cruzados em protesto após a morte cerebral do colega de trabalho, Celso Luiz Gomes, de 47 anos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect), ele contraiu uma infecção por histoplasmose, mais conhecida como 'doença do pombo'.
A assessoria da Superintendência dos Correios esclareceu, em nota, que desde o ano passado medidas para evitar a infestação dos pombos estão sendo adotadas. Neste mês uma dedetização também teria sido feita para impedir a presença de animais peçonhentos. Os procedimentos de limpeza e desinfecção realizadas pelos Correios na unidade começaram nesta quarta-feira (28) e devem seguir até o dia 1º.
Conforme a entidade sindical, a paralisação dos serviços segue por tempo indeterminado. “Na segunda o vice-presidente de gestão de pessoas deve vir para fazer uma reunião e o futuro da paralisação depende dessa conversa. Médicos também devem comparecer na próxima semana para fazer exames nos funcionários”, explicou Irineu Sampaio, representante do sindicato.
Além da dedetização no prédio, cortinas de vedação e telas fixas também serão instaladas nas entradas para impedir a entrada dos pombos nas áreas onde ocorrem as operações de carga e descarga, segundo os Correios.
De acordo com Irineu, não é possível mensurar a quantidade de cartas e encomendas que estão paradas na unidade até o momento.
“Mato Grosso funciona como uma base que atende Cuiabá e região, além de Rondônia e Acre, então, a encomenda precisa passar por aqui antes de ser entregue. Dessa forma, muitas cartas devem ficar acumuladas”, disse.