A Polícia Civil indiciou Wellington Fabrício de Amorim Couto, 34, pelo assassinato da sua ex-companheira, a estudante de Direito, Dineia Batista Rosa, de 35 anos, que ele matou com requintes de crueldade, no último dia 20 de maio, no bairro Serra Dourada, em Cuiabá.
De acordo com a delegada responsável pelo o inquérito, Juliana Palhares, o assassino confesso vai responder por feminicídio, homicídio quadruplamente qualificado, crueldade do meio de execução, por recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e motivo torpe. A estudante foi espancada, teve o rosto desfigurado e foi estrangulada pelo ex-namorado.
Welington foi preso no mesmo dia do crime e confessou ter estrangulado a vítima por ela ter registrado um boletim de ocorrência contra ele, e por não aceitar o término do relacionamento.
“Eu concluí o inquérito da morte de Dineia, na segunda-feira (29). Todas as pessoas que eram próximas à vítima foram ouvidas, além do acusado. No entanto, a conclusão do inquérito foi consideravelmente rápida devido o acusado ter confessado o crime”, explicou a delegada ao .
Agora o inquérito será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE) para que um promotor de Justiça decida se será ou não denunciado pelo crime. Se a denúncia for aceita, será levada para análise da juíza da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Se o magistrado acatar a denúncia, Wellington passará a ser réu.
Wellington cumpria pena em regime semiaberto desde 2013 por ter assassinado a sua primeira mulher no ano de 2008. Ele usou tornozeleira eletrônica até o mês passado.
No final de abril deste ano, o acusado foi para uma audiência admonitória. Na audiência, ele conseguiu ter a pena convertida para regime domiciliar, sem a necessidade do uso de tornozeleira.
Wellingnton cumpre prisão preventiva na Penitenciária Central do Estado, antigo Presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá.
O caso
O crime aconteceu na manhã de sábado (20), no bairro Serra Dourada, em Cuiabá. O corpo de Dineia foi encontrado por policiais militares com sinais estrangulamento e com o rosto desfigurado, devido a golpes com tijolo.
O assassino não aceitava o fim do relacionamento de dois anos e inconformado invadiu a casa da ex-namorada e cometeu o crime. Ele ainda ameaçou o filho da vítima, que assistiu às cenas brutais de violência.
No primeiro caso de feminicídio cometido por Wellington, ele foi condenado, em 2011, a 17 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado contra a ex-mulher.