Servidores de 20 categorias presentes na assembleia geral unificada, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (29), na Praça das Bandeiras, em Cuiabá, aprovaram uma paralisação de 24 horas agendada para o próximo dia 7 de junho.
A mobilização é decorrente da rejeição à proposta de pagamento da revisão geral anual (RGA) apresentada pelo governador Pedro Taques (PSDB), na última sexta-feira (26).
Naquela ocasião, representantes sindicais se mostraram indignados pelo fato de não terem sido comunicados da proposta e só saberem por meio da imprensa. Segundo eles, a proposta não foi debatida junto às categorias.
Conforme foi aprovado por unanimidade pelos servidores presentes na assembleia, o governo poderá chamar o Fórum Sindical até o dia da paralisação para negociar uma nova forma de pagamento da RGA. Caso contrário, a paralisação será mantida, juntamente com manifestações na Assembleia Legislativa, que é onde deverá ser votado projeto de lei sobre o tema já na próxima semana.
Na semana passada, quando o governo fez o anúncio do pagamento da RGA 2017 somente no próximo ano e parcelada em três vezes, o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (PSB) e vários outros deputados estaduais da base aliada do governo estavam presentes em manifestação de apoio.
Segundo Botelho, a expectativa é que assim que o Executivo enviar o projeto de lei, a matéria já seja avaliada e votada. E a tendência é de aprovação já que, segundo ele, 19 deputados, até mesmo os que são servidores de carreira, irão votar a favor.
No dia 7 de junho, caso não haja consenso entre governo e servidores, já está marcada uma nova assembleia para votar uma nova paralisação, dessa vez de 48 horas, em data ainda a ser definida, para dar um novo prazo para que o governo queira flexibilizar sua proposta.
Caso o entrave persista, os servidores já aprovaram que uma terceira assembleia será convocada para votar greve geral por tempo indeterminado, a exemplo do que ocorreu no ano passado, quando todas as categorias cruzaram os braços para garantir a RGA. Naquela ocasião, o governo dizia que não iria pagar a revisão inflacionária, mas, ao final da greve, ficou aprovado o pagamento parcelado.