Fábio Henrique, de dois anos, teve meningite bacteriana e pneumonia. Ele também teve todos os dedos das mãos amputados por causa de má circulação sanguínea. A família do menino Fábio Henrique Santana, de dois anos, está recebendo doações para comprar próteses para a criança que teve os dedos das mãos e as pernas amputados, no início deste ano, depois de sofrer de meningite bacteriana e de pneumonia. A criança teve que amputar todos os dedos das mãos e as pernas. Agora, ele faz fisioterapia.
A mãe do menino, a manicure Ângela Regina Santana, de 32 anos, que vive no Bairro Novo Paraíso I, em Cuiabá, conta que, no começo, Fábio tinha vergonha de mostrar as cicatrizes das mãos e das pernas. “Ele pedia sempre para deixar as mãos cobertas porque ele tinha muita vergonha de mostrar”, disse. Além dele, ela tem outros quatro filhos.
A mãe conta que está tentando obter as próteses por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas está tentando receber doações para comprar as duas próteses para o filho.
“São duas próteses e estou tentando consegui-las pelo SUS, mas, se eu não conseguir, terei que comprar”, disse.A doença foi descoberta em janeiro deste ano, depois que Fábio Henrique começou a passar mal. Teve febre, vômito, desmaio e manchas roxas pelo corpo. Ele foi internado e, após apresentar melhora, foi transferido para a enfermaria do Pronto-Socorro de Cuiabá, onde estava sendo tratado com antibióticos.
Durante a internação no Pronto-Socorro, a criança teve má circulação no sangue nas pernas e, por isso, precisou amputar os dois membros, pouco abaixo dos joelhos. A cirurgia foi feita no dia 14 de fevereiro.
Como também estava com problemas de circulação de sangue nos dedos das mãos, no dia 21 de fevereiro, Fábio também teve os membros amputados. A medida foi tomada para que outras partes do corpo não fossem afetadas.
A mãe conta que, apesar de sentir vergonha inicialmente, o filho aprendeu a conviver com a nova realidade e hoje pede que a mãe não esconda mais as cicatrizes.
“Antes, ele tinha vergonha e agora, depois de muita conversa, está bem e não pede mais para esconder as mãos”, disse.
Ela também contou que, embora haja muitas dificuldades, o filho tenta realizar as tarefas sozinho. Para a mãe, ele teve uma recuperação rápida. Está fazendo fisioterapia há cinco meses. A família ganhou uma cadeira de rodas de amigos e parentes há cerca de dois meses.
“Ele tenta fazer tudo sozinho e briga quando tentamos ajudá-lo. Nós ganhamos uma cadeira de rodas que ele poderá usar até os 10 anos”, contou a mãe.
A família conta que está em busca de construir a casa própria, pois, segundo Ângela, a residência é pequena para acomodar a família de seis pessoas. “Recebemos alguns materiais de construção, mas ainda falta muita coisa para ser feita”, disse.