Interrompido por conta da crise econômica, o projeto de implantação de três usinas de etanol em Mato Grosso será retomado ainda esse ano. O Cluster de Bioenergia S/A, responsável pelas obras, havia destinado R$ 50 milhões na fase inicial, retornando agora com investimento de R$ 1 bilhão. A primeira fase da construção da usina, em Barra do Garças (540 km de Cuiabá), deve gerar 2.400 empregos, atingindo 4.500 vagas diretas até a conclusão.
A médio e longo prazo, as cidades de Nova Xavantina (663 km de Cuiabá) e Água Boa (741 km de Cuiabá) também serão contempladas. Nessa nova fase, as indústrias serão flex, ou seja, além de cana-de-açúcar, também utilizarão o milho, diferente do planejamento anterior. Atualmente Mato Grosso possui a primeira usina de etanol feito exclusivamente de milho do país, localizada em Lucas do Rio Verde (320 km da Capital).
Além disso, há nove usinas de etanol à base de cana-de-açúcar, sendo duas que já produzem de forma flex – à base de cana e milho - e uma terceira que está sendo implementada no mesmo modelo. “Em função desse potencial, estamos atentos às oportunidades, por isso é importante conhecer o know how de quem é o maior produtor de etanol do país”, disse o vice-governador, Carlos Fávar, em reunião com o secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles.
O encontro aconteceu na sexta-feira (20), no gabinete do secretário, onde o vice conheceu políticas para a produção de etanol. O objetivo é verticalizar a produção mato-grossense, absorvendo informações do estado que ocupa a liderança nacional no setor. “Queremos incrementar a cooperação entre os estados, principalmente nas áreas de biocombustíveis e solar fotovoltaica que o estado mato-grossense está expandindo fortemente nas novas fronteiras do estado”, afirmou Fávaro.
De acordo com a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom – MT), a reunião ocorreu em atendimento à demanda do secretário de Indústria e Comércio de Barra do Garças, Fabiano Dall Agnol. No que diz respeito à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) será feita a renovação do licenciamento, pois todos os trâmites legais já foram realizados, como audiência pública e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima).