Um menino de 1 ano morreu depois de cair na piscina que fica no quintal da casa da família, no Bairro Jardim Conquista, em Cuiabá, na noite de quarta-feira (15), e se afogar. Davi Luiz Munhoz Koch estava no andador quando caiu na água. Ele foi socorrido pela mãe, que tentou reanimá-lo.
Davi foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Morada do Ouro, na capital, onde foi constatada a morte. "Ela (mãe) viu o Davi na piscina, o retirou e tentou reanimá-lo", contou o pai da criança, o empresário Wellington Hans Pereira Koch.
Wellington contou ao G1 que "a história de Davi é prova viva que milagre existe". Ele nasceu prematuro, de 24 semanas, durante tratamento da mãe contra uma infecção grave.
"Foi uma gravidez difícil. Ela (mãe) estava tomando remédio para segurar o bebê. Passou cinco dias internada e a bolsa estourou. Cortaram a medicação para fazer o aborto natural, pois estava com 22 semanas. Esperamos 24 horas e ele não veio e então decidimos junto com o médico voltar a medicação para segurar a gravidez", afirmou o pai.
E, então, quando estava com 24 semanas, Davi nasceu. "Vinte e quatro semanas, segundo a medicina, seria o tempo para fazer um parto e tomar corticóide para ajudar a desenvolver o pulmão. No dia que completou 24 semanas, ela (mãe) tomou o corticóide e 24 horas depois fez um ultrasson que mostrou que o bebê estava encaixado e corremos para a sala de parto para o nascimento dele", contou o pai.
Davi passou 4 meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Passado esse período, quando teve alta, ele começou a fazer tratamentos com fonoaudióloga, terapia ocupacional e fisioterapia.
Depois um tempo, foi constatada uma lesão no cérebro, que afetaria a parte motora e audição, segundo o pai. "Fizemos exames e o médico disse para nós que ele era deficiente auditivo. Refizemos a ressonância meses depois e misteriosamente não tinha mais nenhuma lesão no cérebro, nem cicatriz, simplesmente sumiu. Foi um milagre, segundo a médica", afirmou.
Mesmo assim, o casal levou o filho para fazer outros exames em São Paulo. "E lá foi constatado que ele ouvia sim, tinha uma perda, mas ouvia som mais altos", contou Wellington. Ele passou a usar aparelho auditivo que ajudou a desenvolver o aparelho auditivo e ele começou a ouvir sons mais baixos sem o aparelho.
Ele começou a andar após tratamento com um fisioterapeuta.