Com mais de 685 mil hectares de algodão plantados, Mato Grosso segue como líder na produção nacional da pluma na safra 2017/2018, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado recentemente. O número é 3,29% maior que o da edição passada e integra o total de 1.042,4 mil hectares destinados à cultura Brasil afora. No cenário nacional, o Estado detém 65% , seguido por Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, que juntos totalizam 393,3 mil hectares.
Sendo assim, a comercialização da safra 2016/17, aliada às boas perspectivas atuais de mercado, vêm gerando um ambiente de otimismo no setor produtivo Notícia comemorada especialmente na Região Centro-Oeste, principal produtora da fibra e onde está estimada apresentar crescimento na área plantada, de 3,2%, quando comparada com o exercício anterior.
Em Mato Grosso, após a boa safra 2016/17, a tendência é de incremento de área na atual temporada. Apesar do pequeno atraso na semeadura da soja, o plantio do algodão não deverá sofrer alteração em seu cronograma uma vez que as áreas destinadas à fibra são semeadas sobre áreas de soja de ciclo mais curto, cuja colheita ocorre em janeiro, coincidindo com o período ideal para o plantio do algodoeiro, com janela ideal de plantio entre início de janeiro e 15 de fevereiro.
Na principal concorrente dos mato-grossenses, Bahia, a estimativa de área para a safra 2017/18 é de 271,8 mil hectares, com produtividade prevista de 3.957 Kg/ha de algodão em caroço. No extremo oeste, a área de plantio para o algodão está estimada entre 255,2 e 264,8 mil hectares, que deverá crescer em torno de 36,5% em relação à área cultivada na safra passada. O crescimento é atribuído aos bons resultados do período passado, finalizado com otimismo gerado no ambiente da cotonicultura.
Em Goiás, nas últimas safras a cultura teve sua área plantada ampliada, ação subsequente à colheita da soja no uso das suas variedades precoces. A maior parte das áreas de lá é cultivada na segunda safra. No momento o foco dos produtores é o plantio de soja e feijão nessas áreas, que num segundo momento, receberão o algodão. Em Mato Grosso do Sul houve forte incremento da área devido às boas perspectivas de mercado. Os problemas climáticos ocorridos nos Estados Unidos contribuíram para isso. Estima-se, até o momento uma área de 30 mil hectares, um valor 5% maior em relação ao da safra anterior.