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UFMT faz o jogo sujo do cartel de medicina e muda regra do revalida para garantir reserva de mercado

Publicado em: 08/02/2018
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A diretora da faculdade de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), bióloga Bianca Borsatto Galera, por mero corporativismo, já que é esposa de um membro do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM), resolveu mudar aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, as regras do processo de revalidação de diploma de médicos formados no exterior.

A coisa é tal forma despropositada e contrária a lei que surpreendeu até mesmo calouros do curso de direito da própria UFMT. A bióloga Bianca deve entender muito da vida animal, porém desconhece o significado da expressão segurança jurídica. Não sabe a doutora que edital é lei e lei não se muda casuisticamente.

O pomo da discórdia – a Faculdade de Medicina da UFMT publicou edital em 2016 estabelecendo os critérios e parâmetros adotados pela instituição para revalidar o diploma de médicos formados no exterior, por meio de complementação de estudos – atualização médica.

Segundo informações repassadas ao blog, mais de 800 médicos formados em respeitadas universidades do exterior aceitaram as regras do edital para se submeterem ao processo de revalidação de seus diplomas. Eis, que sem aviso prévio e no apagar das luzes de 2017, mudou por completo as regras anteriormente estabelecidas.

Isso significa que todo o trabalho acadêmico já realizado, como estágios, participação em congresso, provas concluídas, não terão nenhuma utilidade. Os bacharéis em medicina, segundo o novo edital, terão que pagar uma espoliante taxa de 800 reais para participar de uma prova que será aplicada no próximo dia 18 de fevereiro. E pasmem! Sequer foi divulgado o conteúdo prático do que será exigido na avaliação teórica. A ordem implícita é reprovar, preservar o mercado da doença e dificultar ao extremo o acesso no mercado de trabalho de algo em torno de mil novos profissionais por ano. A doença dá lucro!

O drama dos jovens brasileiros, que por razões diversas, deixaram sua pátria, seus familiares e foram cursar medicina na Itália, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai e em outros países, não pode ser ignorado pelas autoridades. O que a UFMT está fazendo com esses médicos é um escândalo. Este blog abraça esta causa – nobre, por sinal – e promete não baixar a guarda até que esses profissionais brasileiros tenham o devido respeito das autoridades, que ainda valorizam a educação e a formação superior de seus jovens.

NR – No próximo post, a advogada Taiza Borges Bernardes fala da batalha jurídica que trava na justiça para garantir o direito ao exercício da profissão dos brasileiros formados em medicina no exterior.

Fonte: A Broca Popular - Edesio Adorno

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