A Polícia Militar encontrou, na quarta-feira (7), uma caminhonete branca que teria sido usada para auxiliar na fuga do piloto da aeronave interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) na terça-feira (6), em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá. O avião PR-EBF, que tinha saído da Bolívia e estava sem plano de voo, estava carregado com 500 kg de cocaína.
O veículo foi encontrado abandonado próximo de uma fazenda, distante 40 km de Barra do Bugres. A aeronave fez um pouso forçado no Distrito de Fernandópolis, naquele município, e, desde então, os policiais fazem buscas pelos suspeitos na região. A polícia suspeita que, inicialmente, a caminhonete seria usada para transportar a droga.
O proprietário da caminhonete já foi identificado e o veículo não tem registro de roubo ou furto. Dentro da caminhonete, foram encontrados um aparelho telefônico via satélite, um rádio HT, um sinalizador, uma lanterna e um celular, além de uma mochila com roupas, 39 munições de fuzil e uma enxada.
Todo o material encontrado foi encaminhado para a Delegacia de Barra do Bugres.
Interceptação
Na terça-feira (6), o piloto da FAB mandou que o piloto da aeronave mudasse a rota e o pousasse no aeródromo de Cuiabá, mas ele não obedeceu.
Quando a defesa aérea estava prestes a dar um tiro de aviso, o piloto pousou em uma estrada de terra.
Segundos dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião interceptado pertence a Lucas Maikon Gusmão de Lima, que não foi localizado pela reportagem.
O piloto da aeronave conseguiu fugir. Conforme a Polícia Federal, ele pode ter sido resgatado por outros integrantes da quadrilha.
Operação Ostium
A ação da FAB é feita em parceria com a Polícia Federal e faz parte da Operação Ostium, que deve seguir até o final deste ano para reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.
O objetivo é coibir voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico, reduzindo a zero o índice de ilícitos, por meio aéreo, numa vasta área de fronteira.
Os principais alvos da ação, que segue até o fim do ano, são voos irregulares que possam estar ligados a crimes, principalmente ao narcotráfico.