Cerca de 30 mulheres que fazem parte do grupo Roda Gestar e Nascer, de apoio às mães, fizeram na noite dessa quinta-feira (15) uma manifestação em frente à Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Elas temem que os atendimentos no local sejam suspensos a partir de abril, como o anunciado pelos médicos que estão há cinco meses sem receber salários.
Os balões brancos nas mãos das mulheres foram usados pra representar o movimento que foi pacífico em frente à maternidade da Santa Casa. A preocupação estava estampada nas barrigas das futuras mamães.
Mães que ainda estão amamentando e tiveram os bebês na maternidade também participaram pra dar força ao movimento e chamar a atenção do poder público.
A unidade de saúde atende 100% dos partos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município.
Anúncio dos médicos
Recentemente, os médicos anunciaram que vão parar de realizar partos e atender na maternidade, porque os obstetras estão sem receber salários desde outubro do ano passado, como mostra um ofício do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia.
O documento foi encaminhado no dia 26 de fevereiro deste ano à diretoria do hospital e a outros vários órgãos, entre eles o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), Ministério Público do Estado (MPE), e as próprias secretarias municipal e estadual de Saúde.
Os médicos da Santa Casa estão sem receber salários há cinco meses e isso tem prejudicado o funcionamento do hospital.
Os profissionais reivindicam que os salários sejam pagos, conforme acordo assinado no ano passado, com o governo do estado. Na época, os trabalhadores tinham paralisado as atividades, porque os salários já estavam atrasados.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que não existe nenhum valor pendente de pagamento para a Santa Casa de Rondonópolis, por parte do estado. E que os repasses estão sendo feitos para o Fundo Municipal de Saúde, conforme o acordo assinado no ano passado.
