Cleia Rosa dos Santos Bueno, 34 anos, foi indiciada pela Polícia Civil pelos assassinatos do marido, Jandirlei Alves Bueno, morreu aos 39 anos e o amante meses depois, Adriano Gino, de 29 anos.
Ela foi indiciada pelo crimes na quarta-feira (18), pelo delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, que comandou as investigações. Cleia foi presa no dia (24) de abril pelos crimes.
Os executores do amante, identificados como José Graciliano dos Santos, 30, e Adriano dos Santos, 20 anos, também foram indiciados. Eles foram contratados por Cleia para matar o Adriano Gino.
Os presos confessaram o homicídio, dizendo que mataram a vítima com golpes de enxada, depois colocaram o corpo no carro e depositaram na área onde foi encontrado, uma estrada na zona rural. Para pagar o crime, a mulher ofereceu um veículo Prisma, que foi apreendido pelos policiais.
No local indicado pelos bandidos, os policiais encontraram o corpo de Adriano Gino, enterrado em uma cova rasa. A motocicleta da vítima foi encontrada totalmente queimada e também estava enterrada.
A vítima estava desaparecida desde o dia 15 de dezembro de 2017. A mãe dele registrou boletim, no dia 23 de dezembro, informando que o filho havia saído para trabalhar e não retornou. O celular dele tinha sido desativado e a conta no WhatsApp apagada.
O Jandirlei Alves Bueno, marido de Cleia Rosa, morreu aos 39 anos, em circunstâncias que levantaram suspeita da família. No dia 14 de outubro de 2016 ele teria sofrido um assalto e teve duas perfurações de faca na região do abdômen, quando deu entrada no Hospital Regional de Sinop. Depois de ficar na Unidade de Terapia Intensiva por quase dois meses, morreu no dia 12 de dezembro de 2016.
Na ocasião do roubo à residência,Cleia Rosa, em suposto estado de choque, alegou não saber informar as características dos bandidos e como teria ocorrido o roubo na casa. Ela apenas relatou que um dos deles havia tentado enforcá-la.
Segundo as investigações, conduzidas pelo delegado, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, Cléia armou com o amante para assassinar o marido, simulando um latrocínio, visto que ela desejava se separar de Jandirlei.
Em fevereiro de 2016, a mulher registrou boletim de ocorrência, noticiando difamação por conta do companheiro. Ela narrou que, ao pedir a separação, o marido perguntou se ela teria outro e acabou dizendo que sim, "porque ele deu espaço", mas que não tinha nenhum outro homem. Nisso que respondeu, o marido "surtou" e proferiu diversos xingamentos e ameaças, chegando a pegar uma faca.
Conforme o delegado, a família do marido desconfiava, mas a Polícia Civil somente conseguiu confirmar as suspeitas, após descobrir o amante da mulher e também que ele estava morto.
"Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação à morte do marido, ela se mostrou um pouco arrependida. Já o outro crime disse que faria novamente”, informou o delegado.
A mulher alegou ainda que após o amante passar a morar com ela, o comportamento dele teria mudado e passou a ameaçá-la de morte caso o deixasse, assim como teria nas ameaças falado que iria matar seus filhos e sua mãe.
Os três vão responder por homicídio qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver. José Graciliano dos Santos foi ainda autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo, por ter sido encontrado em sua casa um revólver calibre 32.